De acordo com o economista-chefe do Meat and Livestock Australia Ltd. (MLA), Tim McRae, a quantia embarcada em novembro (a maior desde outubro de 2008) ajudará a tornar o país o maior exportador de carne bovina do mundo em termos de volume em 2011, seguido por Estados Unidos e Brasil.
McRae acredita que a ascensão australiana se deve à diversificação dos mercados e ao clima favorável, enquanto um aumento do consumo interno no Brasil reduz a disponibilidade de ofertas para exportação.
Para o executivo-chefe da trading de carnes Sanger Australia Ltd, Richard Rains, condições sazonais favoráveis aumentam o peso do gado de corte, ajudando a elevar a produção e os embarques para sustentar uma perspectiva positiva para a indústria. Ele observou que novembro é normalmente um mês forte para as exportações, com os criadores interessados em levar o gado para o mercado antes da colheita de grãos e da interrupção das operações por parte das processadoras no final de dezembro.
A Austrália embarcou 16.712 toneladas para os Estados Unidos no mês passado, alta de 37% ante outubro e de 80% sobre novembro de 2010. Anos atrás, disse Rains, os EUA eram o único mercado para a carne bovina australiana usada em hambúrgueres e salsichas.
– Mas desenvolvemos outros mercados significativos. O Japão é um excelente exemplo disso. O McDonald’s no Japão hoje usa 100% de carne bovina da Austrália – acrescentou Rains.
Grandes quantidades também são exportadas para Rússia para fabricação de salsichas, enquanto China e Taiwan também estão comprando uma parte dos produtos anteriormente destinados aos Estados Unidos, de acordo com o executivo.