Com um rebanho perto de um 1, 5 milhão de animais, o Paraná é o terceiro produtor nacional de leite, contribuindo com 3,5 milhões, dos 29 milhões de litros que o Brasil produz por ano. O produto tanto vai para a indústria, como é envasado in natura. A cadeia produtiva do leite paranaense e brasileiro interessou ao grupo de pecuaristas de uma cooperativa de leite da Austrália. Eles passaram por Londrina e ficam no país até o início do próximo mês.
Uma das curiosidades dos produtores australianos foi saber como funciona o programa de certificação da qualidade do leite brasileiro. Eles visitaram fazendas de gado leiteiro no Paraná e apostam na troca de experiências para aperfeiçoar o setor, tanto brasileiro como australiano.
O grupo foi recebido pelo Sindicato Rural de Londrina e Sociedade Rural do Paraná. Entre as informações, dados sobre o nível tecnológico do treinamento de produtores e funcionários do setor, foram apresentados pelo Senar. A pecuarista Jo Brookes disse que ficou impressionada com a limpeza e organização das fazendas que conheceu. Só esta cooperativa australiana produz o mesmo volume de leite do Paraná. A visita pode render outros intercâmbios para troca de tecnologias.
? Existe essa troca, porque eles vêm para saber como está nossa tecnologia, para ver experiências. Existem regulamentações diferentes, existem mercados diferentes, então é um aprendizado constante, às vezes não existe a troca comercial, mas a troca de aprendizado, e o intercâmbio de informações e de pessoas sempre acontece ? disse Darlene Medina Carlos, coordenadora do grupo.
O programa de certificação da qualidade do leite do Brasil está ligado ao Ministério da Agricultura e Inmetro e deve ser publicado no Diário Oficial até o final do ano. O documento prevê práticas integradas a toda a cadeia produtiva do leite, como segurança alimentar, meio ambiente, legislação trabalhista e bem estar animal.