— Com mais informações dos compradores e vendedores poderemos investigar possíveis infrações e estabelecer os processos cabíveis — declara o diretor do Departamento de Saúde Animal (DSA), Guilherme Marques.
Na opinião de Marques, iniciativas como essa, somadas às ações que vêm sendo realizadas pelos países, deverão reduzir as chances de ocorrência de novos focos da doença e ajudar o Paraguai a recuperar o status de livre de aftosa com vacinação futuramente. Segundo ele, o Brasil já investiu R$ 10 milhões com o deslocamento de fiscais federais agropecuários, diárias de colaboradores eventuais e manutenção das Forças Armadas na fronteira desde setembro do ano passado, quando foi notificado o primeiro foco no lado paraguaio.
Para as autoridades brasileiras, as medidas tomadas pelo Paraguai – como a maior gestão na venda e armazenagem das vacinas – demonstram que o país vizinho está empenhado na erradicação de qualquer possibilidade de aftosa no seu território. O diretor do DSA avalia que ações como essas contribuirão para o fortalecimento de um sistema sanitário confiável, isento e sustentável.
De acordo com o presidente do Senacsa, Félix Otazú, o apoio técnico permanente do Brasil e a manutenção da compra de carne do Paraguai têm contribuído para o país.
— A nossa relação com o Brasil nunca esteve tão próxima. Entendo esse relacionamento não só na sanidade animal, mas como um compromisso de uma região perante o sistema sanitário mundial. Não existe outro caminho que não seja trabalharmos de forma cooperada e por meio de alianças estratégicas com os países vizinhos — ressalta.
O encontro entre as autoridades dos dois países se estende até esta sexta, dia 9.