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Balanço da vacinação contra febre aftosa revela crescimento do rebanho de bovinos e bubalinos em MT

Números foram apresentados durante a cerimônia de comemoração pelos 15 anos sem registros de febre aftosa no EstadoO número de bovinos em Mato Grosso não para de crescer. O rebanho do Estado aumentou 5% no último ano e hoje supera os 28,7 milhões de animais. A informação é do Indea, que divulgou nesta quarta, dia 19, o balanço final da campanha de vacinação contra a febre aftosa realizada no mês de novembro.

O salto foi de 1,475 milhão de bovinos e bubalinos, entre novembro de 2009 e novembro 2010. O crescimento consolida Mato Grosso como o Estado com o maior rebanho do país. São 28.769.469 animais.

? Este crescimento é interessante, até por conta do controle do desmatamento que está contido há anos. Até por isso é preciso que o governo ajude a buscar maneiras de recuperar as pastagens degradadas para auxiliar o produtor. Com isso, a tendência é sempre o rebanho estar realmente aumentando ? comenta Rui Prado, presidente da Famato.

Os números foram apresentados durante a cerimônia de comemoração pelos 15 anos sem registros de febre aftosa no Estado. No evento também foi divulgado o fechamento da última campanha de vacinação, realizada em novembro. Pelo sexto ano seguido a cobertura vacinal atingiu 99,74% do rebanho.

O último foco de febre aftosa registrado em Mato Grosso aconteceu em 1996, no município de Colíder, região norte. Desde então, o rebanho do Estado praticamente dobrou e com isso a responsabilidade das autoridades e, principalmente, dos pecuaristas também ficou maior. Para garantir o status sanitário, os produtores passaram a investir alto. Só no ano passado gastaram quase 51 milhões de reais para imunizar o gado.

Este cálculo leva em conta apenas o valor desembolsado com a compra de vacinas, ao custo médio de R$ 1,13 a dose na etapa de maio e R$ 1,34 em novembro.

? É importante dizer que isso é um custo, não se trata de investimento. É um custo necessário ao desenvolvimento da atividade. Existem outros custos que não são mencionados, como manejo de gado, transporte, etc. É o valor que o pecuarista gasta para manter a sanidade animal ? afirma o presidente da Acrimat, José João Bernardes.

O próximo compromisso dos pecuaristas será em fevereiro, quando acontece a vacinação dos animais de zero a 12 meses de idade que estão nos três municípios que fazem fronteira com a Bolívia. De acordo com o Indea, devem ser imunizados aproximadamente 110 mil animais, distribuídos em 584 propriedades. Os trabalhos serão custeados com recursos do Fesa, o fundo emergencial de saúde animal.

? Mais de 540 produtores rurais farão a vacinação com acompanhamento do Indea. As vacinas serão destinadas gratuitamente a estes produtores, já que as outras regiões do Estado não vacinarão. Com isso será mantida uma barreira sanitária na área de zona de alta vigilância. O Indea estará presente para que a vacinação seja 100%, para que esta zona de risco ofereça menos risco sanitário ao Mato Grosso ? diz Valney Souza Corrêa, diretor-presidente do Indea-MT.

? Eu não tenho dúvida que a gente vai conseguir manter os mesmos índices de anos anteriores e que vamos manter a condição do Estado ? finaliza o secretário de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar de Mato Grosso, Jilson Francisco da Silva.

De acordo com o Indea, os 74 mil bovinos que não foram imunizados em novembro serão vacinados com acompanhamento técnico. Os pecuaristas serão multados.

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