O Banco do Brasil reformulou um de seus programas de financiamento ao setor agrícola, o Pecuária do Futuro, que passa a se chamar Pecuária Mais Sustentável.
Voltado à recuperação de áreas degradadas, a iniciativa usa insumos tecnológicos para auxiliar os produtores participantes e está disponível em todas as agências do BB.
De acordo com o banco, o objetivo é unir a concessão de crédito para a recuperação de áreas a iniciativas de tecnologia, rastreabilidade, sustentabilidade e elevação da lucratividade da pecuária.
As iniciativas do banco antecipam ações previstas no Sistema de Autorregulação Bancária (SARB) número 26 de 2023, da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), e que serão válidas a partir de dezembro do ano que vem.
Atendimento a 1,6 milhão de hectares
Na safra 2023/2024, foram concedidos R$ 6,37 bilhões para a recuperação de áreas degradadas, o que permitiu atender a 1,6 milhão de hectares, de acordo com o banco.
O programa do BB terá a participação de toda a cadeia produtiva da pecuária, de fornecedores diretos e indiretos aos abatedouros, e envolverá iniciativas de diagnóstico, planejamento, auxílio na contratação de operações e comercialização de créditos de carbono, além de bonificação adicional por animal rastreado.
“Temos a missão de auxiliar na aceleração do Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas (PNCPD) em Sistema de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis, que tem por objetivo recuperar o total de 40 milhões de hectares em um prazo de 10 anos”, diz em nota o vice-presidente de Agronegócios e Agricultura Familiar do BB, Luiz Gustavo Braz Lage.
Apoio à pecuária
Os produtores participantes terão acesso a serviços da Traive, fintech investida do BB e que usa inteligência artificial e modelos especializados para apoiar a análise de crédito, o que, segundo o banco, reduz a probabilidade de inadimplência.
Além disso, os empreendimentos terão gestão da startup iRancho, que auxilia na tomada de decisões e no controle de animais, insumos e custos. A rastreabilidade dos animais utiliza a plataforma SafeBeef, com tecnologia blockchain, que permite ao produtor entrar no protocolo exigido pela indústria compradora.
Em outra mudança, a empresa de monitoramento via satélite e radares IDGEO disponibilizará mapas de aptidão para a tomada de decisões dos pecuaristas em relação a áreas que precisam ser recuperadas ou que podem ser convertidas. Outra adição é a da MyCarbon, subsidiária da Minerva que ajudará em projetos de créditos de carbono avaliando a área e os critérios de elegibilidade.