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Bloqueio de rodovias pelos caminhoneiros prejudica a produção de aves e suínos em Santa Catarina

Sem alimento devido ao atraso na entrega de ração às regiões produtoras, animais estão sendo abatidos antecipadamenteOs protestos dos caminhoneiros pelo país, que bloqueiam estradas de vários Estados desde segunda, dia 1º, estão comprometendo diversos setores do agronegócio, prejudicando o transporte de cargas, a produção, o comércio e a exportação produtos. Entidades ligadas à produção de aves e suínos em Santa Catarina já estima que o prejuízo pode chegar a R$ 8 milhões ao dia. Os setores são afetados, principalmente, pelo atraso na entrega de ração às regiões produtoras, onde os estoques são limitados.

>> VÍDEO: protestos afetam distribuição de produtos em algumas regiões

A Coopercentral Aurora Alimentos, com sede em Chapecó, norte catarinense, anunciou na terça, dia 2, a paralisação e/ou a redução das atividades de cinco plantas industriais.

O presidente da Cooperativa Central Aurora, Mario Lanznaster, afirmou estar preocupado com o prejuízo. Segundo ele, estão sendo feitas negociações com os caminhoneiros para a liberação de algumas cargas nas rodovias.

– É um problema sério, pois os frangos, por exemplo, entram em fase de canibalismo muito rápido. Eles estão passando fome – destacou Lanznaster.

Ele ainda afirmou que a empresa precisou dispensar mais de dois mil funcionários e que o prejuízo não afeta só agroindústria e os funcionários, mas também os integrados, que totalizam mais de 15 mil produtores de suínos, aves e leite.

Segundo o vice-presidente da Coopercentral Aurora, Neivor Canton, afirmou que o modelo de produção no Estado de Santa Catarina não suporta atraso na entrega de insumos. Além disso, o transporte de aves e suínos para a indústria está comprometida.

>> VÍDEO: Vice-presidente da Coopercentral Aurora Alimentos fala sobre os prejuízos

Temendo canibalismo entre aves, produtores abatem antecipadamente

O produtor rural Dimas Piovezan, de Nova Erechim, tem um aviário com 13 mil aves e consome duas toneladas de ração por dia. De acordo com o produtor, na terça, dia 2, só não faltou ração porque ele conseguiu um pouco com outro aviário da região, mesmo não sendo a ração adequada para a idade dos seus animais. Nesta quarta, dia 3, não vai ter com que alimentar os animais.

– No primeiro dia, as aves até aguentam sem comida, mas no segundo dia começa o canibalismo – afirma o avicultor.

Já o avicultor Alex Sartori, também de Nova Erechim, optou pelo abate antecipado das aves que estavam há mais de 24 horas sem alimentação.

– Pra hoje, estamos buscando ração em outras propriedades – afirma o produtor, que conta que dois galpões de animais já foram abatidos para evitar o canibalismo.

Veja a entrevista com o produtor no Mercado e Companhia desta quarta:

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