? As diretrizes [socioambientais] contribuirão para coibir o desmatamento [da Amazônia] e incentivar a produtividade da pecuária, que precisará ser mais intensiva ? afirmou Coutinho, durante a apresentação das novas regras para que frigoríficos obtenham financiamento no banco.
? O Banco do Brasil é o grande financiador do setor agropecuário. Mas, como financiador de máquinas e equipamentos, queremos contribuir nessa tarefa [de coibição do desmatamento e ganho de produtividade] ? ressaltou o presidente do BNDES.
Para a secretária-executiva do Ministério do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, a exigência de boas práticas socioambientais por parte um agente financeiro, como o BNDES, é uma evolução no controle do setor produtivo pelo governo. Os ganhos serão não só sociais e ambientais, mas também de mercado, em sua opinião, pois habilitarão os produtores nacionais a concorrer no mercado externo.
? Hoje, a sustentabilidade tem a ver também com o mercado internacional ? disse Izabella.
Segundo Coutinho, os criadores de gado e frigoríficos foram comunicados das exigências que passaram a ser adotadas no processo de financiamento do BNDES e aprovaram as alterações. Sentimos uma receptividade [das empresas], embora esse seja um esforço oneroso, afirmou o presidente do banco, que possui em carteira R$ 6 bilhões concedidos ao setor pecuário.
Dentro do plano de incluir o BNDES no controle do meio ambiente, a secretária-executiva do Ministério de Meio Ambiente informou que o banco foi escolhido para ser o administrador do Fundo Nacional sobre Mudança no Clima (FNMC). A previsão é que o fundo, destinado a promover projetos de prevenção e de adaptação a mudanças climáticas, fosse gerido por um comitê vinculado ao ministério.
Izabella informou também que até o fim do mês o ministro Carlos Minc irá divulgar os dados relativos ao desmatamento da Amazônia em 2008.
? Acredito que os dados serão positivos ? afirmou a secretária do ministério, durante a cerimônia de divulgação das novas diretrizes de financiamento do BNDES.