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Boa manutenção de pastagens custa cerca de quatro vezes menos que reforma completa

Especialistas reuniram-se no primeiro encontro sobre adubação de pastagens, promovido pela Scot Consultoria e Tec Fértil, em Ribeirão Preto (SP)Começou nesta quarta, dia 25, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, o primeiro encontro sobre adubação de pastagens, promovido pela Scot Consultoria e Tec Fértil. O manejo correto das pastagens é uma das atitudes mais importantes para quem deseja produzir mais em menos área. O interesse do público pelo assunto serviu para os organizadores medirem o quanto os pecuaristas e técnicos estão tomando consciência da importância das pastagens para a produtividade da carne e do leite no Brasil.

– Tivemos uma grande quantidade de técnicos e mais ainda de pecuaristas. Isso demonstra que existe necessidade e vontade desse pessoal de entender como funciona a técnica de adubação de pastagens, que é fundamental para a rotação de piquetes, divisão de áreas, aumento da produtividade, etc. – avalia Alcides Torres, diretor da Scot Consultoria.

As áreas brasileiras oferecem muitas oportunidades para os profissionais do setor colocarem essas informações em prática. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 70% dos pastos, em torno de 100 milhões de hectares, apresentam algum grau de degradação.

– A pastagem é uma atividade agrícola que necessitaria de poucos insumos. Então, o problema maior que a gente tem é esse estigma de que pastagem não precisa adubar, não precisa ter um cuidado maior – diz Moacyr Bernardino Dias-Filho, da Embrapa Amazônia Oriental.

De acordo com dados do IBGE, o perfil dos pastos brasileiros mudou muito nos últimos 30 anos. Na década de 70, as pastagens naturais dominavam as áreas destinadas à pecuária, hoje representam cerca de 40%. Mas, apesar do maior uso de variedades de capim específicas para alimentar o gado, o potencial dos pastos ainda é pouco explorado. Uma das formas de medir esse uso é por meio da taxa de lotação, cuja média não chega nem mesmo a uma unidade animal por hectare.

Para os especialistas, entre as todas as tecnologias disponíveis para manejo de pastagens, a adubação é uma das mais importantes e deve ser usada em conjunto com as outras. Ao oferecer nutrientes para que o pasto produza mais capim é possível aumentar muito a capacidade de suporte da área.

– A ausência de adubação e correção é um problema muito grave, porque a maioria dos solos sob as pastagens é de fertilidade muito baixa – avalia o zootecnista Adilson Aguiar.

O investimento em tecnologia demanda recursos e o preço varia de acordo com o grau de degradação da área. Em média, segundo o pesquisador da Embrapa Dias-Filho, a recuperação de um hectare de pasto custa cerca de R$ 1,1 mil, atualmente. O valor a ser investido e o retorno que a propriedade vai ter são as maiores preocupações dos pecuaristas.

– O produtor deve pensar que ele não precisa recuperar toda sua fazenda de uma vez só. Um quarto que ele recupere já possibilita aumentar a produtividade e liberar as outras áreas para outras atividades –  aponta Dias-Filho.

Além da fase de implantação de uma pastagem, a adubação é importante também para manter o pasto produzindo. Uma manutenção bem feita custa cerca de quatro vezes menos que uma reforma completa da área.

– Essas forrageiras que nós exploramos no Brasil são perenes. Então, quando a pastagem ou o solo se degradam, é por erro de manejo. Se a gente fizer manutenção, o pasto não degrada – diz o zootecnista Adilson Aguiar.

Para o pecuarista Guilherme Gimenes não resta dúvidas. Há 16 anos ele usa a adubação no manejo das pastagens da fazenda, em Terra Rica, no Estado do Paraná. Para ele, o investimento vale a pena e tem retorno certo.

– Se não fizer vai ter que fazer outra coisa que não seja pecuária – diz Gimenes.

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