
O mercado físico do boi gordo apresentou uma semana de maior firmeza nas cotações em estados como São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul e Rondônia, que passaram a trabalhar com escalas de abate mais curtas.
De acordo com o analista de Safras & Mercado Fernando Iglesias, o escoamento da carne se mostrou positivo durante a primeira quinzena de março, com elevação dos preços do atacado.
Segundo ele, a dinâmica das exportações permanece amplamente favorável, com o Brasil apresentando bom ritmo de embarques na atual temporada. “É preciso lembrar das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, que podem render ainda mais oportunidades ao mercado brasileiro”, avalia.
Embarques de carne bovina
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 295,515 milhões em março (3 dias úteis), com média diária de US$ 98,405 milhões, conforme a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
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A quantidade total exportada pelo país chegou a 60,545 mil toneladas, com média diária de 20,181 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.876,00.
Em relação a março de 2024, houve alta de 161,3% no valor médio diário da exportação, ganho de 142,7% na quantidade média diária exportada e avanço de 7,7% no preço médio.
Preço médio da arroba do boi
Os preços da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do Brasil estavam assim no dia 13 de março:
- São Paulo (Capital): R$ 310, inalterado frente ao fechamento da última semana
- Goiás (Goiânia): R$ 295, alta de 1,72% perante os R$ 290 da semana passada
- Minas Gerais (Uberaba): R$ 295, retração de 3,91% frente ao fechamento do período anterior, de R$ 307
- Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 295, avanço de 1,72% frente aos R$ 290 registrados anteriormente
- Mato Grosso (Cuiabá): R$ 300, estável frente à semana passada
- Rondônia (Vilhena): R$ 265, valor inalterado
Mercado atacadista
O mercado atacadista apresentou elevação em seus preços, diante de um bom escoamento da carne no decorrer da primeira quinzena de março, período pautado por maior apelo ao consumo.
Iglesias afirma que a expectativa é por menor espaço para elevação dos preços no decorrer da segunda quinzena do mês, período menos aquecido. “Soma-se a isso a preferência de parcela da população por proteínas de menor valor agregado”, acrescenta.
O quarto do traseiro do boi foi cotado a R$ 25 o quilo, alta de 2,04% frente ao valor praticado no fechamento da semana passada, de R$ 24,50. Já o quarto do dianteiro do boi foi vendido por R$ 18,50 o quilo, aumento de 2,72% frente aos R$ 18 por quilo registrados na semana anterior.