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Boi gordo para exportação deve ultrapassar R$ 230, diz Associação dos Criadores de Nelore

Segundo a entidade, a demanda da China segue aquecida e o surto da Covid-19 em frigoríficos dos Estados Unidos abriu espaço para a carne bovina brasileira

Boi gordo nelore
Associação dos Criadores de Nelore do Brasil diz que as exportações para a China compensou a diminuição da demanda no mercado interno. Foto: Plínio Queiroz/divulgação

Apesar dos impactos da crise do coronavírus no mercado pecuário, a Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB) está otimista quando ao rumo dos preços do boi gordo no segundo semestre. De acordo com o presidente da entidade, Nabih Amin Al Aouar, com a manutenção das exportações de carne bovina e a recuperação da demanda interna, a cotação deve ultrapassar R$ 230. De acordo com a Scot Consultoria, no fechamento desta sexta, 26, a arroba tinha fechado a R$ 220, bruto e a prazo em São Paulo. A consultoria INTL FCStone também relatou que o boi padrão exportação já chegou no mesmo valor no interior paulista.

“Logo no início da pandemia percebemos forte redução do consumo interno de carne bovina. No entanto, as oportunidades para recuperação são muitas. O recuo doméstico foi rapidamente compensado pela expansão das exportações”, diz.

Segundo ele, a China está comprando mais do que nunca e novos mercados estão se abrindo. A avaliação do representante é que a queda da produção de carne nos Estados Unidos, por conta dos casos de Covid-19 nos frigoríficos, também abriu mais espaços para o produto brasileiro.

Aouar cita ainda o aquecimento dos preços dos bovinos de reposição, como bezerros e boi magro. “Os criadores também têm investido na aquisição de fêmeas e os preços dos reprodutores mostram-se aquecidos. São sinais de confiança na pecuária”, afirmou.