• Transporte inadequado de bovinos pode provocar prejuízos de até R$ 154 por animal em Mato Grosso
A proximidade das cotações nas praças sul-matogrossenses em relação aos preços em São Paulo acaba diminuindo as compras de frigoríficos paulistas no estado vizinho. A cotação do boi gordo subiu em Dourados (MS), e o preço de referência ficou em R$121,00/@, à vista, alta de 3,4% nos últimos trinta dias.
No mercado atacadista os preços ficaram estáveis e as vendas seguem calmas, devido ao período do mês. Os cortes de carne bovina no mercado atacadista subiram 1,5% na última semana. A segunda quinzena do mês é caracterizada por vendas mais fracas, o que tende a deixar o mercado mais frouxo.
No entanto, os estoques restritos dos frigoríficos vêm balizando o cenário de alta da carne, com movimento mais intenso nas duas últimas semanas. As valorizações ocorreram com maior frequência para os cortes de dianteiro, nos quais as indústrias encontraram mais espaço para precificação. Isso é sinal de que o consumo não está aquecido e que há tentativa de recuperação da margem do frigorífico, que vem caindo com as sucessivas valorizações da arroba. Ou seja, a indústria gasta mais para adquirir os animais e tem dificuldade em repassar as altas para o varejo na mesma proporção.
Em Minas Gerais, os pecuaristas estão aproveitando a valorização da arroba para repor animais:
O preço de referência do boi gordo está em R$118,00/@, a prazo, em Goiânia (GO). No mesmo período de 2013 a arroba estava cotada em R$93,00/@. A referência atual está 26,9% maior que há um ano. Quando comparamos com os valores negociados no mesmo período do mês passado, R$114,00/@, a alta foi de 3,5%. Nos últimos treze meses, a cotação média do boi gordo foi de R$108,25/@, 8,3% menor que a referência atual.
As escalas de abate dos frigoríficos atendem, em média, quatro dias úteis. A pouca oferta de animais terminados está gerando sucessivas valorizações da referência no Estado goiano. Os frigoríficos maiores garantem as escalas com estratégias de compra, comprando boiadas a termo e conseguem amenizar a pressão altista. Ainda assim altas da referência continuam a ocorrer. O diferencial de base está em 6,3%.
Acompanhe o que diz o analista da Scot Consultoria Gustavo Aguiar: