O mercado físico do boi gordo teve preços pouco alterados nesta quarta-feira, 20. Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, a tendência de curto prazo segue apontando para uma queda nos preços dos animais negociados no mercado doméstico. Já as boiadas que cumprem os requisitos de exportação à China continuam sendo vendidos em patamar diferenciado, com prêmio de cerca de R$ 10 a arroba sobre o boi comum.
“A capacidade de retenção não é a mesma neste período de final de safra, diante do maior desgaste das pastagens. Com isso, não resta outra alternativa ao pecuarista que não colocar o gado para a venda”, assinalou.
Em São Paulo, Capital, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 193 a arroba, estáveis na comparação com a terça-feira. Em Uberaba, Minas Gerais, permaneceram em R$ 184 a arroba. Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, os preços ficaram em R$ 174 – R$ 175 a arroba, ante R$ 175 a arroba. Em Goiânia, Goiás, o preço indicado foi de R$ 180,00 a arroba, inalterado. Já em Cuiabá, no Mato Grosso, o preço ficou em R$ 171 a arroba, estável.
Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram de estáveis a mais altos. A mudança no perfil de consumo diante do distanciamento social direcionou a demanda para os cortes menos nobres, como o dianteiro bovino, além
da carne de frango e ovos.
A China segue atuante no mercado externo, com compras substanciais de proteína animal brasileira para suprir lacunas geradas pela Peste Suína Africana (PSA).
A ponta de agulha ficou em R$ 10,75 o quilo. Já o corte dianteiro seguiu em R$ 11,50 o quilo, com alta diária de 20 centavos, e o corte traseiro permaneceu com preço de R$ 13,40 o quilo.