O mercado físico de boi gordo registrou preços estáveis nesta terça-feira. Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos ainda sinalizam para uma posição de algum conforto em suas escalas de abate, posicionadas entre cinco e sete dias úteis em média. “Por outro lado, a oferta de animais terminados permanece restrita, uma constante em 2021, atuando como um relevante ponto de suporte ao mercado, impossibilitando movimentos mais agressivos de pressão de baixa. Com isso, o viés de curto prazo é misto para o direcionamento dos preços”, disse Iglesias.
“Em relação à demanda doméstica de carne bovina, ainda há algum otimismo em torno do avanço da atividade econômica no segundo semestre, considerando o avanço da vacinação como elemento chave. O que limita os movimentos de alta da carne bovina ainda é o seu preço proibitivo, que ainda tem levado a um agressivo movimento de migração de consumo com destino a carne de frango”, disse.
Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 316 na modalidade a prazo, estável na comparação com a segunda-feira. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 302,00 – R$ 303. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 308. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 307, estável. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 309 a arroba, inalterada.
Atacado
Já no mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem acomodados. Segundo Iglesias, a semana tende a ser caracterizada por alguma queda dos preços, considerando o menor apelo ao consumo durante a segunda quinzena do mês, que tradicionalmente resulta em uma reposição mais lenta entre atacado e varejo. “Para a primeira quinzena de agosto há expectativa de avanço da demanda, avaliando que além da entrada dos salários há o adicional de consumo relacionado ao dia dos pais”, assinalou Iglesias.
Com isso, o corte traseiro teve preço de R$ 21,05 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,10 o quilo, assim como a ponta de agulha.