O mercado físico do boi gordo teve preços pouco alterados nesta semana. Segundo o analista de Safras & Mercado
Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos operaram com escalas de abate curtas, estratégia adotada diante das incertezas em relação à demanda de carne bovina com as políticas de distanciamento social vigentes em grandes
centros consumidores afetando drasticamente as vendas.
“Alguns frigoríficos tentaram pressionar os pecuaristas por preços mais baixos para as boiadas, o que atrapalhou o fluxo de negócios. Enquanto isso, os animais que cumprem os requisitos para exportação à China garantem ágio
de até R$ 10 por arroba em relação ao boi comum”, assinalou.
No atacado, o escoamento da carne, principalmente os cortes nobres, ainda ocorre de forma demasiadamente lenta, enquanto as exportações para a China vão garantindo a rentabilidade e um alivio para os frigoríficos.
Exportação
As exportações de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada do Brasil renderam US$ 235,210 milhões em maio (5 dias úteis), com média diária de US$ 47,041 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 53,502 mil
toneladas, com média diária de 10,7 mil toneladas.
O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.396,20. Na comparação com maio de 2019, houve ganho de 114,53% no valor médio diário, alta de 89,31% na quantidade média diária e avanço de 13,32% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.