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Agronegócio

Boi, soja e milho em queda; veja notícias importantes desta terça-feira

Dólar encosta no menor valor em cerca de 6 meses e segue pressionando negativamente as cotações das commodities

  • Boi: arroba tem mais um dia de desvalorização

  • Milho: cotações ficam estáveis, mas pressão de baixa permanece

  • Soja: preços perdem força seguindo movimento do dólar

  • Café: câmbio compensa alta em Nova York

  • No Exterior: mercados seguem monitorando acordos nos EUA e Europa

  • No Brasil: dólar encosta no menor valor em 6 meses

Agenda:

  • Brasil: IPCA de novembro (IBGE)

  • Brasil: dados de desenvolvimento das lavouras do Paraná (Deral)

  • EUA: estoques semanais de petróleo bruto (API)

Boi: arroba tem mais um dia de desvalorização

De acordo com a Agrifatto Consultoria, o mercado brasileiro sente o alongamento das escalas em todo o país com o desinteresse dos frigoríficos em atuarem em novas compras. Com isso, o valor ofertado pelo boi gordo segue diminuindo. Em São Paulo, a consultoria já aponta valores a R$ 265 por arroba. Na B3, o dia também foi marcado por quedas e o contrato para dezembro teve ajuste em R$ 255,85, baixa diária de 1,41%. Foi o menor valor registrado para este vencimento desde o dia 30 de setembro.

Se a demanda interna dá sinais de enfraquecimento, a externa também parece mostrar diminuição expressiva da força dos meses anteriores. De acordo com os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), na primeira semana de dezembro foram exportadas 21,86 mil toneladas de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada. Isso resulta em uma média diária de 5,46 mil toneladas, resultado 35% menor que o registrado no mês anterior.

Milho: cotações ficam estáveis, mas pressão de baixa permanece

De acordo com o consultor da Safras & Mercado, Paulo Molinari, o mercado de milho brasileiro abriu a semana com preços estáveis, com compradores de fora dos negócios, mas com alguma pressão de venda ainda existente. Em Campinas (SP), a saca seguiu em R$ 70, em Cascavel (PR) ficou em R$ 75 e em Erechim em R$ 83. Na B3, o contrato para janeiro passou de R$ 69,87 para R$ 68,02, uma queda de 2,6%.

Na primeira semana de dezembro, o Brasil exportou 1,14 milhão de toneladas de milho, resultando em uma média diária de 286,21 mil toneladas. Este volume ficou 16,9% acima do registrado no mês de novembro e aponta para um dos maiores meses para dezembro da série histórica.

Soja: preços perdem força seguindo movimento do dólar

Com o dólar voltando a trabalhar abaixo de R$ 5,10 pela primeira vez desde o dia 22 de julho e com a alta volatilidade em Chicago, o mercado brasileiro de soja esteve ainda mais travado. Segundo a Safras & Mercado, em Cascavel (PR), a saca recuou de R$ 145 para R$ 143 e em Rondonópolis (MT) caiu de R$ 153 para R$ 149.

Os dados da balança comercial seguem refletindo a pouca quantidade de soja disponível no mercado brasileiro. A média diária embarcada na primeira semana de dezembro foi de 30,09 mil toneladas e ficou 59% abaixo do registrado em novembro. A expectativa é que esse cenário permaneça assim até a entrada da nova safra.

Café: câmbio compensa alta em Nova York

O mercado brasileiro de café iniciou a semana com preços praticamente estáveis com o câmbio compensando o movimento de alta na Bolsa de Nova York. Apesar de ter fechado em leve baixa, o dólar trabalhou grande parte do dia em queda.

O indicador do café arábica do Cepea passou de R$ 581,96 para R$ 571,26 a saca, um recuo diário de 0,98%. No acumulado do mês de dezembro, a cotação já acumula uma queda de 5,1%, sendo que o câmbio foi o grande responsável por essa dinâmica.

No Exterior: mercados seguem monitorando acordos nos EUA e Europa

Com agenda econômica esvaziada no início desta semana, os mercados seguem monitorando o acordo comercial entre União Europeia e Reino Unido, e a negociação para um acordo que permita o lançamento de um novo pacote de estímulos fiscais nos Estados Unidos. A expectativa agora é que ele seja votado junto do orçamento federal nesta sexta-feira, 11.

O Reino Unido se tornou hoje, terça-feira, 08, o primeiro país do Ocidente a iniciar a vacinação contra a Covid-19. A prioridade para a imunização nesta primeira fase será com trabalhadores da área de saúde, cuidadores e pessoas com mais de 80 anos.

No Brasil: dólar encosta no menor valor em 6 meses

O dólar chegou a operar na casa dos R$ 5,05 ontem e passou grande parte do dia em forte baixa em virtude da entrada de fluxo estrangeiro desde o início de novembro. A mínima do dia marcou o menor valor para o dólar em 6 meses. Também tem ajudado o mercado de câmbio a diminuição do risco político que gera novas pressões para a política fiscal e o Teto dos Gastos.

No fim do dia, notícias de que o relator da PEC Emergencial, Senador Márcio Bittar (MDB-AC), incluiria dispositivos que permitiriam despesas ficarem de fora do Teto dos Gastos em 2021, pesaram e fizeram o dólar voltar para cima de R$ 5,10. Isso mostra o quanto os investidores seguem sensibilizados por notícias em relação ao cenário fiscal. Porém, o Ministério da Economia e o Senador negaram qualquer intenção de programar despesas fora do limite de gastos.

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