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Diversos

Boi, milho e soja sobem no Brasil; veja notícias desta quinta-feira

Já o preço do café acabou recuando por conta de baixas consecutivas no mercado internacional

  • Boi: com oferta limitada e escalas curtas, preços sobem
  • Milho: indicador do Cepea supera R$ 87 pela primeira vez
  • Soja: cotações têm valorização mesmo com queda em Chicago
  • Café: arábica cai pelo quarto dia consecutivo em Nova York
  • No exterior: taxas de juros dos EUA voltam a subir e pressionam bolsas
  • No Brasil: PIB cai 4,1% em 2020, mas fica melhor que as expectativas

Agenda:

  • EUA: encomendas à indústria de janeiro
  • EUA: pedidos semanais de seguro desemprego
  • EUA: exportações semanais de grãos (USDA)

Boi: com oferta limitada e escalas curtas, preços sobem

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, os preços do mercado físico do boi gordo voltaram a subir refletindo o cenário de oferta limitada e escalas encurtadas nos frigoríficos. Em São Paulo, a arroba subiu de R$ 305 para R$ 306, segundo o levantamento diário de preços da consultoria. No atacado, após algumas quedas, as cotações estão acomodadas.

Na B3, o movimento de alta dos contratos futuros do boi gordo segue forte. Dessa forma, toda a curva até julho já está acima de R$ 300 por arroba. Foi a primeira vez que o contrato para maio ficou acima desse patamar desde que passou a ser negociado. O vencimento para março subiu de R$ 305,40 para R$ 308,55 por arroba.

Milho: indicador do Cepea supera R$ 87 pela primeira vez

O indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), rompeu os R$ 87 por saca pela primeira vez na história. A cotação variou 1,1% em relação ao dia anterior e passou de R$ 86,11 para R$ 87,06 por saca. Dessa forma, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 10,69%. Em 12 meses, os preços alcançaram 61,79% de valorização.

No mercado futuro, os contratos de milho negociados na B3 também tiveram mais um dia de alta das cotações. O vencimento para março passou de R$ 87,67 para R$ 88,12 e o para maio subiu de maneira expressiva, de R$ 88,89 para R$ 91,01 por saca.

Soja: cotações têm valorização mesmo com queda em Chicago

O indicador da soja do Cepea para o porto de Paranaguá (PR) teve valorização mesmo em um dia de queda em Chicago. O dólar impulsionou os preços ao operar em forte alta durante o dia, tendo recuado apenas no final do pregão. A cotação variou 0,6% em relação ao dia anterior e passou de R$ 171,34 para R$ 172,36 por saca. Dessa forma, no acumulado do ano, o indicador já subiu 11,99%.

No exterior, os contratos futuros de soja negociados em Chicago tiveram um leve recuo de 0,35%. O vencimento para maio passou de US$ 14,124 para US$ 14,074 por bushel. Dúvidas em relação à força da demanda geraram alguma pressão nas vendas.

Café: arábica cai pelo quarto dia consecutivo em Nova York

Os contratos futuros do café arábica negociados na Bolsa de Nova York recuaram pelo quarto dia consecutivo, após fecharem no nível mais alto desde setembro de 2017. O vencimento para maio caiu de US$ 1,3385 para US$ 1,3280 por libra-peso e já acumula uma queda superior a 5% nestes últimos quatro pregões.

No Brasil, os preços não resistiram ao movimento externo, apesar do dólar ter se valorizado em grande parte do dia. O indicador do café arábica do Cepea recuou 0,17% em relação ao dia anterior e passou de R$ 748,8 para R$ 747,51 por saca. Dessa forma, no acumulado do ano, o indicador tem alta de 23,21%.

No exterior: taxas de juros dos EUA voltam a subir e pressionam bolsas

A dinâmica das taxas de juros dos títulos do Tesouro norte-americano segue como destaque do mercado financeiro. Quando as taxas sobem, os índices de ações tendem a ter uma performance ruim e vice-versa. Nesta quarta-feira, 3, o título com vencimento em dez anos subiu e voltou a encostar em 1,5%.

Com isso, as bolsas globais seguem pressionadas e os investidores mantêm atenção sobre o pacote de estímulos de US$ 1,9 trilhão nos Estados Unidos e para o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell. O principal risco é que uma aceleração muito rápida da economia cause elevação da inflação e leve o Banco Central norte-americano a aumentar os juros antes do projetado inicialmente.

No Brasil: PIB cai 4,1% em 2020, mas fica melhor que as expectativas

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil recuou 4,1% em 2020, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). Apesar de significar a maior contração da série histórica do IBGE, iniciada em 1996, o resultado ficou bem acima do projetado nos momentos mais críticos da pandemia e até mesmo que das expectativas mais recentes. Pelo lado da oferta, entre os três setores pesquisados, apenas a agropecuária apresentou avanço.

O dólar operou em alta em grande parte do dia, seguindo o movimento do exterior e reagindo a notícias de que o Congresso se preparava para votar a PEC Emergencial retirando o bolsa família de dentro do Teto dos Gastos. Na parte da tarde, após o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), negar que o Teto seria flexibilizado, a moeda norte-americana recuou de maneira expressiva em relação ao real.

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