Os pecuaristas mato-grossenses abateram 5,4 milhões de cabeças de gado em 2018, aumento de 9% em relação ao ano anterior, informou a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat). Os dados corresponderam à expectativa do setor devido ao aumento na oferta de animais disponíveis para abate.
Um levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), também divulgado pela Acrimat, indica que houve um aumento significativo de abates de fêmeas. Foram 12,7% a mais no último ano ante 2017, para 2,38 milhões de cabeças.
Quanto ao abate de machos, o crescimento foi um pouco mais tímido, de 6,2%, ao sair de 2,8 milhões em 2017 para pouco mais de três milhões de cabeças em 2018.
Para o consultor técnico da Acrimat Amado de Oliveira este movimento se deve ao ciclo da pecuária de corte. “Pode ser porque o produtor está descapitalizado, por uma série de fatores, e ele acaba se desfazendo da vaca enquanto um patrimônio. Esse animal se transforma em material de consumo e vai para o abate. Ou, em dado momento, você tem excesso de animais gordos para o mercado e para reduzir a oferta de bezerros aumenta-se o abate de vacas”, avalia.
Ainda de acordo com o especialista, quem dita o mercado da carne é a fêmea, pois ela tem dupla função: ser um bem de consumo ou um bem patrimonial para produzir bezerros.