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Abates menores sustentam preços do boi gordo

Em Mato Grosso do Sul, o preço da arroba do boi gordo registrou média de R$ 135,97 no início do mês de março

Fonte: Divulgação/Famasul

As escalas dos frigoríficos estão curtas, com oferta reduzida e boa parte das indústrias fora das compras. De acordo com a Scot Consultoria, em meio à dificuldade em comprar animais terminados e ao escoamento reduzido da carne bovina, os frigoríficos estão cautelosos quanto aos abates.

“As indústrias vêm abatendo menor volume de bovinos na tentativa de controlar os estoques e evitar possíveis quedas nos preços da carne. As negociações estão lentas”, indicam os analistas.

Além disso, o dia de abate a menos nesta semana, devido ao feriado de Sexta-feira Santa, deve ajudar a enxugar os estoques. Segundo a Scot, isso pode dar mais firmeza à carne com osso, no entanto, a expectativa de mudança de preços se relaciona ao comportamento do consumo nos próximos dias.

Segundo levantamento da Scot, o quilo do boi casado de animais castrados vem sendo negociado por R$10,00.

Março

O preço da arroba do boi gordo registrou média de R$ 135,97 no início do mês de março. É o que aponta o último Informativo Casa Rural, elaborado pelo Departamento de Economia da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul). O valor divulgado é 1,5% menor que a cotação verificada em fevereiro, quando no mesmo intervalo esta categoria foi negociada a R$ 137,9/@.

Para a analista econômica do Sistema Famasul, Eliamar de Oliveira, a queda no preço da arroba está associada à recessão econômica e seu reflexo no mercado interno. “A procura permanece retraída e, muito embora as exportações tenham registrado alta, a ponta compradora ainda precisa regular seus estoques para equilibrar oferta e demanda”.

A vaca gorda apresentou, no período analisado, uma média de R$ 129,38 a arroba, com redução de 2,2% em comparação a fevereiro deste ano, quando a fêmea atingiu média de R$ 132,05.

No primeiro bimestre deste ano, os abates bovinos no estado somaram 570 mil unidades, com recuo de 5,1% em relação a 2015. O maior reflexo foi a diminuição no abate de fêmeas, de 17,8%. “A redução ocorreu por conta da retenção de vacas, influenciada pelos bons preços do bezerro”.

 Mercado externo

Entre janeiro e fevereiro de 2016, as vendas internacionais de carne bovina in natura somaram 18 mil toneladas, apresentando elevação de 5,5% em relação ao mesmo período de 2015, quando os embarques internacionais atingiram 17 mil toneladas.

De acordo com o Informativo Casa Rural, a receita das exportações do setor ultrapassou US$ 72 milhões, com queda de quase 4% em relação a 2015. O Chile foi o principal comprador da matéria-prima sul-mato-grossense nos dois primeiros meses deste ano. “O câmbio, em seu patamar atual, favorece as exportações, torna o nosso produto mais competitivo, fato que proporciona uma boa demanda pelo mercado externo”, reforça a analista.

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