A Federação das Associações Rurais do Mercosul ampliado (Farm) avaliou os aspectos sanitários, comerciais e o funcionamento do bloco regional e concluiu que para manter o status conquistado como fornecedor confiável de carne bovina e ovina para o mundo é importante manter a vacinação contra a febre aftosa no bloco.
No Comunicado de Buenos Aires, divulgado nesta segunda, dia 3, pela Federação de Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), a entidade considera que “diante das diferenças regionais, uma eventual suspensão da vacina deverá ser avaliada científica e criteriosamente diante do risco de reintrodução da doença e do impacto econômico e social negativo que isso traria aos países”.
Conforme a nota, a Farm reconhece os avanços significativos dos programas para erradicação da febre aftosa, que permitiram o reconhecimento internacional da maior parte das regiões como livre da doença com vacinação. Mas a entidade também manifestou sua preocupação com o isolamento do bloco no âmbito dos acordos comerciais e destacou ser “imperioso encaminhar negociações comerciais e alcançar a inserção regional no comércio mundial”.
Para a Farm, é importante que o Mercosul assuma como prioridade o impulso ao desenvolvimento agrícola, econômico e social dos países membros, contemplando os interesses comuns dos produtores rurais da região. As iniciativas nessa direção, enfatiza, “não devem estar condicionadas às distintas circunstâncias políticas”.