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Aftosa: RS deve ter definição sobre retirada ou não da vacina até novembro

Setor aguarda parecer preliminar de auditores que visitaram o estado, no início de setembro, para verificar a qualidade dos serviços de defesa agropecuária

Vacinação contra febre aftosa
Foto: Fernando Dias/Seapdr

Auditores do Ministério da Agricultura se reuniram com profissionais da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) no início de setembro para verificar os processos e a qualidade do serviço de defesa agropecuária. Depois, eles viajaram para o interior gaúcho, onde fizeram um pente fino nas inspetorias veterinárias das regiões oeste, norte e serra. Durante as visitas, os profissionais analisaram itens técnicos e administrativos.

Após o roteiro, os auditores novamente se reuniram com representantes da secretaria, para um parecer parcial. “Eles não entraram em detalhes, mas saíram satisfeitos com a transparência do estado na apresentação das informações”, diz Rosane Collares, chefe da divisão de Defesa Sanitária Animal.

O Ministério da Agricultura (Mapa) tem até 6 de outubro para apresentar o relatório parcial, mas garante que vai tentar entregar o mais rápido possível. A Seapdr espera ter acesso ao resultado da auditoria, que começou em agosto, até a última semana de setembro. O estado precisa tirar nota 4 de 5 para continuar tentando retirar a obrigatoriedade da vacina contra febre aftosa.

“O Mapa apresenta um relatório preliminar, o estado analisa, faz a resposta e encaminha novamente à pasta. Então o ministério tem mais 30 dias para retorno. Dessa forma, acreditamos que no fim de novembro devemos ter uma definição sobre o que vai acontecer. Se o estado está plenamente capaz de retirar ou não a imunização”, resume Antônio Carlos de Quadros Ferreira Neto, diretor do Departamento de Defesa Agropecuária.

O Rio Grande do Sul está no grupo 5 juntamente de Santa Catarina (que já é zona livre de febre aftosa), Paraná (que deve ter o status definido em setembro), Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A previsão inicial para esses estados era de ter vacinação até 2021 e reconhecimento de zona livre da doença em 2023.

Estudo realizado no ano passado pela Seapdr sobre a circulação viral da febre aftosa constatou a inexistência do vírus no Rio Grande do Sul. Os últimos focos de febre aftosa no estado foram registrados em 2001. Só em 2018 foram fiscalizadas 18.122 propriedades rurais, totalizando 1.053.527 animais.

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