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Alta do preço do milho dificulta projeção sobre confinamento

Associação dos confinadores ainda não divulgou estimativas para 2016 por não conseguir fechar cálculos. Prévia apresentada no ano passado indicava redução de 3,5% no número de animais

A Associação Nacional dos Confinadores (Assocon) apontou a alta dos preços do milho no mercado interno como a razão para a demora na divulgação de estimativas para o confinamento em 2016. Os dados são normalmente divulgados entre o fim de fevereiro e a primeira quinzena de março, com projeções de custos da atividade e de número de bois confinados, com base em informações levantadas no mercado e juntamente aos seus associados.

Segundo o diretor de relações institucionais da Assocon, Márcio Caparroz, a equipe está tendo dificuldade em fechar os cálculos e apresentar um dado confiável ao mercado. “Mas devemos ter algo em torno da prévia apresentada no ano passado, que era de uma redução de 3,5% no número de animais confinados”, afirmou Caparroz. No ano passado, cerca de 800 mil cabeças foram engordadas no cocho.

Atualmente, o volume de animais confinados representa cerca de 10% dos abates do país na média anual. No entanto, esse porcentual pode chegar a 50% no período entre agosto e novembro (entressafra). No começo de 2015, a perspectiva de rentabilidade do confinamento era de R$ 300 líquidos por animal. Essa mesma análise para 2016 apontava, no fim do ano passado, para R$ 135 a R$ 140 por animal, mas este número deve sofrer alterações.

Segundo Caparroz, a dieta é o principal custo no confinamento, representando entre 70% a 80% do total, sendo o milho o insumo mais usado na ração. Ele disse ainda que os grandes confinamentos que terceirizam suas operações ainda não fecharam o valor de suas diárias, o que também dificulta a projeção. Uma reunião na Assocon na semana que vem deve definir a data de divulgação. 

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