Em 2022, as exportações brasileiras de carne bovina certificada da raça angus somaram 1,88 mil toneladas, o maior volume já registrado.
O volume é 102% maior do que o registrado em 2021, de 934,01 toneladas.
E o grande destaque dessa história é a China, que sozinha abocanhou 81% do total exportado.
Os dados são da Associação Brasileira de Angus, com base nos estabelecimentos associados ao programa Carne Angus Certificada.
A carne bovina brasileira havia sido suspensa temporariamente pela China após um caso atípico de ‘mal da vaca louca’, mas a retomada dos embarques impulsionou ainda mais a demanda.
Na série histórica do programa, que completa 20 anos em 2023, o país asiático representa quase 50% de tudo o que já foi enviado de carne Angus pelo Brasil.
“Isso nos mostra que os chineses provaram e aprovaram nosso produto”, afirma a gerente nacional do Carne Angus, Ana Doralina Menezes.
Angus em outros mercados
Mas não foi só a China que se destacou como mercado importador no ano passado.
Arábia Saudita, Emirados Árabes e Singapura também figuraram entre os principais clientes do produto.
“Esse resultado é motivado pela alta dos envios para China e países do Oriente Médio”, afirma o presidente do Comitê Gestor do Programa Carne Angus Certificada, Nivaldo Dzyekanski, destacando ainda a abertura de mercado para Malásia, Portugal e Tailândia e a venda de outros tipos de produtos, como os inéditos entranha, linguiça e hambúrguer.
Os cortes mais exportados foram filé mignon, filé de costela, contrafilé, coração de alcatra, lagarto e acém.
A expectativa para 2023, segundo Dzyekanski, é de abertura de novos mercados e expansão dos embarques para o exterior.
“A carne angus tem um imenso potencial de crescimento, por isso iremos trabalhar para aumentar o leque de países que consomem nossos produtos. Queremos manter essa curva ascendente”, projeta o presidente do Comitê.