- Boi: arroba tem nova alta no físico, mas futuros interrompem avanços
- Milho: indicador do Cepea renova máxima nominal histórica
- Soja: Chicago tem realização de lucros
- Café: arábica volta a subir forte em Nova York e no Brasil
- No exterior: avanço do coronavírus não impede novas altas nos mercados
- No Brasil: Ministro da Saúde planeja iniciar vacinação ainda em janeiro
Agenda:
- Argentina: dados de desenvolvimento das lavouras
- Brasil: dados das lavouras do Rio Grande do Sul (Emater)
- EUA: exportações semanais de grãos (USDA)
Boi: arroba tem nova alta no físico, mas futuros interrompem avanços
A consultoria Safras & Mercado registrou nova alta para a arroba no mercado físico paulista. De acordo com o analista Fernando Iglesias, o ritmo de negócios foi bom, apesar de mais uma rodada de reajuste de preços nas principais praças acompanhadas. Além disso, o avanço das cotações permitiu uma melhora nas escalas de abate. Em São Paulo, a arroba subiu de R$ 287 para R$ 290.
No mercado futuro, por outro lado, os contratos do boi gordo negociados na B3 interromperam um movimento de alta que já durava quatro pregões. O contrato para janeiro passou de R$ 289,45 para R$ 288,90 por arroba e o para fevereiro foi de R$ 290,20 para R$ 286,20.
Milho: indicador do Cepea renova máxima nominal histórica
O indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), renovou sua máxima nominal histórica e passou de R$ 83,32 para R$ 83,87 por saca. Dessa forma, no acumulado do ano, os preços já subiram 6,6%. Em oito dias úteis em 2021, as cotações subiram em seis deles e nos outros dois tiveram apenas quedas leves.
Na Bolsa de Chicago, os contratos de milho seguiram ganhando espaço. O vencimento para março chegou a US$ 5,244 por bushel, em uma alta diária de 1,4%, sendo que na máxima do dia chegou a romper US$ 5,40. Estando acima de US$ 5,22 por bushel, o cereal norte-americano opera nos maiores níveis desde julho de 2013.
Soja: Chicago tem realização de lucros
A soja negociada na Bolsa de Chicago teve um dia de realização de lucros e o contrato para março recuou 0,85% para US$ 14,062 por bushel. Com mais um forte anúncio de vendas da oleaginosa norte-americana para destinos não revelados, que chegou a 464,3 mil toneladas, as quedas foram bastante limitadas.
No Brasil, o mercado teve somado à queda em Chicago, o efeito do recuo do dólar em relação ao real e observou preços levemente mais baixos para a saca de soja. De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a negociação foi travada e as cotações regionalizadas. Em Passo Fundo (RS), a saca caiu de R$ 165 para R$ 164 e no porto de Paranaguá (PR), foi de R$ 171 para R$ 170.
Café: arábica volta a subir forte em Nova York e no Brasil
O café arábica negociado em Nova York voltou a subir forte (3,17%) a US$ 1,2525 por libra-peso. O mercado corrigiu após quedas que levaram os preços abaixo de US$ 1,20 por libra-peso no contrato para março.
O indicador do Cepea seguiu o impulso, ignorou a queda do dólar em relação ao real e renovou sua máxima histórica nominal. A saca passou de R$ 617,05 para R$ 632,25, em uma alta diária de 2,46%. Dessa forma, no acumulado do ano, os preços já subiram 4,2%.
No exterior: avanço do coronavírus não impede novas altas nos mercados
O avanço do coronavírus na Europa, nos Estados Unidos, na China e na América do Sul não parece preocupar os mercados globais, que seguem registrando novas altas. Recentemente, Reino Unido, Alemanha e EUA observaram recordes nos números de casos e de óbitos por Covid-19. O Brasil voltou a apresentar óbitos acima de mil por dia e a China a realizar bloqueios em algumas regiões.
No lado político nos Estados Unidos, a turbulência continua com os democratas conseguindo a aprovação de um impeachment contra o presidente Donald Trump, mesmo com seu mandato terminando na semana que vem. O processo agora segue para o Senado, que ainda tem maioria republicana. O líder do partido Republicano indicou que a votação só deve ocorrer após a posse de Joe Biden.
No Brasil: Ministro da Saúde planeja iniciar vacinação ainda em janeiro
O Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, reafirmou o planejamento de iniciar a vacinação no país ainda em janeiro. De acordo com ele, as doses da vacina de Oxford estão prontas para chegar ao Brasil entre o dia 16 e 17, e que em três ou quatro dias após a aprovação da Anvisa, as doses poderiam começar a ser aplicadas.
A Anvisa, em nota, declarou que pretende se reunir no próximo domingo, 17, para deliberar sobre os pedidos de uso emergencial das vacinas de Oxford e da Sinovac. Segundo alguns jornais brasileiros, o governo pretende fazer um evento no Palácio do Planalto, no dia 19 de janeiro, para vacinar uma pessoa idosa e um profissional de saúde, iniciando a campanha de vacinação.