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Arroba do boi gordo continua subindo com oferta enxuta, aponta Safras

De acordo com a consultoria, as exportações aquecidas estão sendo decisivas neste momento; destaque para a demanda da China

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A arroba do boi gordo está cotada a R$ 214 em São Paulo. Foto: Plínio Queiroz/Canal Rural

Os preços da arroba do boi gordo voltaram a subir em algumas regiões de produção e comercialização nesta quarta-feira, 24. Segundo o analista da Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, a oferta de animais terminados segue restrita, ao mesmo tempo em que as exportações continuam ocorrendo com volumes expressivos.

“A grande demanda chinesa é o diferencial do momento para a pecuária de corte, em um momento de demanda doméstica titubeante, um desdobramento das medidas de isolamento social que alteraram drasticamente os padrões de consumo”, afirma.

Importante destacar, conforme Iglesias, que não houve novos desdobramentos em relação às exportações de carne bovina brasileira com destino à China. Até o momento, apenas uma unidade frigorífica, em Rondonópolis (MT), anunciou voluntariamente a suspensão das exportações, em decisão conjunta com o Ministério da Agricultura; um caso isolado. Grandes frigoríficos brasileiros já assinaram o documento certificando que sua produção está livre do coronavírus e que as práticas de controle vêm sendo adotadas de maneira rigorosa.

Na capital de São Paulo, os preços do mercado à vista subiram de R$ 212/213 para R$ 214 por arroba. Em Uberaba (MG), continuaram em R$ 208. Em Dourados (MS), passaram de R$ 203 para R$ 204. Em Goiânia (GO), foram de R$ 207 para R$ 208 a arroba. Já em Cuiabá (MT), subiram de R$ 186 para R$ 187.

Atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem firmes. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios volta a sugerir por reajustes, com ênfase na primeira quinzena de julho, período em que o consumidor médio estará capitalizado. “As exportações em bom nível seguem como um grande diferencial para o mercado brasileiro; a demanda chinesa sem dúvida ofereceu um relevante ponto de suporte aos preços locais”, diz.

A ponta de agulha ficou em R$ 11,85 o quilo. O corte dianteiro permaneceu em R$ 12,55 o quilo, e o corte traseiro continuou em R$ 13,75 o quilo.