A arroba do boi gordo assimilou rapidamente a notícia da suspensão temporária das exportações de três unidades brasileiras, duas de processamento de aves e uma de processamento de bovinos, de acordo com a consultoria Safras. “O fato é que o quadro geral não mudou com a medida adotada pela China, a lacuna de oferta formada pela peste suína africana mantém a necessidade de importações volumosas por parte do gigante asiático”, diz o analista Fernando Henrique Iglesias.
Segundo a consultoria, esse tipo de medida foi adotado pela China em outras ocasiões, em frigoríficos de outros países, a exemplo da Alemanha, Estados Unidos e Reino Unido. Somado a necessidade de compra da China, há o quadro de oferta restrita neste início de entressafra, mantendo os frigoríficos com escalas de abate bastante encurtadas.
Na capital de São Paulo, os preços do mercado à vista continuaram em R$ 217/R$ 218. Em Uberaba (MG), ficaram em R$ 211 por arroba. Já em Dourados (MS), subiram de R$ 207 para R$ 208. Em Goiânia (GO), continuaram inalterados em 210. Em Cuiabá (MT), passou de R$ 190 para R$ 194.
Atacado
O mercado atacadista volta a se deparar com preços firmes, de acordo com a Safras. A tendência de curto prazo remete à retomada do movimento de alta. “A entrada dos salários será o grande motivador da demanda doméstica durante a primeira quinzena de julho”, informa. As exportações permanecem em bom nível, com uma atuação relevante da China.
Corte traseiro ainda é precificado a R$ 13,75, por quilo. Corte dianteiro segue cotado a R$ 12,55, por quilo. Ponta de agulha segue no patamar de R$ 11,85, por quilo.