O mercado físico de boi gordo registrou preços firmes nesta quarta-feira (24). Segundo o analista Fernando Henrique Iglesias, da consultoria Safras & Mercado, em alguns estados, como no Tocantins e em Mato Grosso, os preços seguem subindo, enquanto é evidenciada boa fluidez dos negócios. Isso ocorre como resultado de uma posição mais confortável das escalas de abate, que no momento atendem entre três e cinco dias úteis, variando de estado para estado.
A oferta de animais terminados segue como grande elemento de sustentação dos preços no curto prazo, e não haverá alívio em termos de oferta até o fim do primeiro trimestre de 2022.
“Como limitador, deve ser citada a incapacidade do consumidor médio em absorver novos reajustes da carne bovina no varejo. Outro aspecto que precisa ser mencionado é que o aceite da carne bovina certificada até o dia 3 de setembro pela China elimina a possibilidade desse estoque ser ofertado no mercado doméstico. São mais de 100 mil toneladas de carne bovina”, diz Iglesias.
Em São Paulo, capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 318 na modalidade a prazo, estável. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 310. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 310, inalterada. Em Cuiabá (MT), a arroba ficou indicada em R$ 301, ante R$ 295. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 320, por arroba, estável.
Atacado
O mercado atacadista segue apresentando alta em seus preços no decorrer da semana. A indústria frigorífica segue em sua preparação para as festividades de fim de ano. Esse período tradicionalmente é pautado por movimentos interessantes de alta da carne bovina no atacado.
“O grande limitador de momento é a menor capacidade por parte do consumidor médio em absorver novos reajustes da carne bovina no varejo”, afirma Iglesias.
O quarto traseiro foi precificado a R$ 23 por quilo, alta de R$ 0,25. A ponta de agulha foi precificada a R$ 15,50, alta de R$ 0,50. O quarto dianteiro foi precificado a R$ 16 por quilo, alta de R$ 0,10.