Os preços do boi gordo dispararam no mercado físico em junho e continuaram subindo nos primeiros dias de julho, de acordo com a consultoria Safras. “Há dois motivos que explicam toda essa situação, o primeiro deles e mais relevante é do acentuado apetite chinês no mercado internacional, comprando volumes bastante substanciais de proteína animal”, diz o analista Fernando Henrique Iglesias.
O país asiático continua com um significativo déficit no mercado local de proteínas animais, provocado pelo surto de peste suína africana (PSA) que dizimou o rebanho suíno doméstico.
Ao mesmo tempo, no Brasil a oferta de animais terminados, prontos para o abate, avaliando a ausência de incentivos para o pecuarista confinar as boiadas no primeiro giro (a decisão de confinamento no primeiro giro começa em março, período em que o mercado atingiu seu ponto de mínima no ano).
Veja a comparação de preços do boi gordo entre 26 de junho e 3 de julho:
- São Paulo: passou de R$ 217 para R$ 218
- Goiânia (GO): passou de R$ 209 para R$ 211
- Uberaba (MG): passou de R$ 209 para R$ 214
- Dourados (MS): passou de R$ 206 para R$ 211
- Cuiabá (MT): passou de R$ 188 para R$ 197
Exportação
As exportações de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada do Brasil renderam US$ 655,475 milhões em junho (21 dias úteis), com média diária de US$ 31,213 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 152,476 mil toneladas, com média diária de 7,260 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.298,90.
Na comparação com junho de 2019, houve ganho de 34,14% no valor médio diário, alta de 20,47% na quantidade média diária e avanço de 11,35% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.