O mercado físico do boi gordo registrou preços mais altos nesta terça-feira, 26, segundo a consultoria Safras. O analista Fernando Henrique Iglesias afirma que os frigoríficos têm que aceitar preços mais altos para adquirirem volumes satisfatórios.
Enquanto isso, o escoamento da carne bovina entre as cadeias permanece lento em função das mudanças dos padrões de consumo provocadas pela pandemia. Mesmo assim, os preços para os cortes menos nobres subiram.
“Este final de safra é diferente se comparado a anos anteriores, com a retenção de fêmeas deixando a oferta mais ajustada e dando um importante suporte aos preços domésticos. Ao mesmo tempo, as exportações de carne bovina destinadas à China permanecem em ótimo nível, situação recorrente no ano de 2020”, afirma.
Na capital de São Paulo, os preços do mercado à vista passaram de R$ 193 para R$ 194 por arroba. Em Uberaba (MG), subiram de R$ 185 para R$ 187. Em Dourados (MS), foram de R$ 177 para R$ 178 por arroba. Em Goiânia (GO), o preço indicado passou de R$ 183 para R$ 185. Já em Cuiabá (MT), foi de R$ 171 para R$ 172.
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Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina subiram nos cortes mais acessíveis. Segundo Iglesias, a demanda se concentra nos cortes mais acessíveis, como o dianteiro e a ponta da agulha. “O aprofundamento da recessão econômica tende a manter esse padrão, com o consumidor médio mirando proteínas animais mais acessíveis, como a carne de frango, cortes de dianteiro bovino e ovos de galinha”, diz.
A ponta de agulha ficou em R$ 12,20 o quilo, com alta diária de 75 centavos. Já o corte dianteiro passou de R$ 11,50 o quilo para R$ 11,75 por quilo, e o corte traseiro permaneceu com preço de R$ 13,40 o quilo.