O mercado físico do boi gordo teve preços pouco alterados nesta sexta-feira, 15, mas algumas praças registradas quedas de R$ 1 por arroba, segundo a consultoria Safras. O analista Fernando Henrique Iglesias afirma que muitos frigoríficos se ausentaram da compra de gado, se afastando para avaliar as melhores estratégias para a próxima semana.
“A oferta apresenta aumento gradual, dada a menor capacidade de retenção dos pecuaristas nesse final de safra. A tendência é que os frigoríficos voltem a exercer pressão sobre o mercado de maneira mais contundente, avaliando que a demanda doméstica segue prejudicada pelas estratégias de distanciamento social que se prolongam em alguns estados. As exportações destinadas à China permanecem em ótimo nível, e este é o grande ponto positivo para esse momento de forte incerteza em toda a cadeia produtiva”, diz.
Na capital de São Paulo, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 193 a arroba, ante R$ 194,00 a arroba na quinta-feira. Em Uberaba (MG), permaneceram em R$ 185 a arroba. Em Dourados (MS), ficaram em R$ 176 a arroba, ante R$ 177. Em Goiânia (GO), o preço indicado foi de R$ 180 a arroba, inalterado. Já em Cuiabá (MT), ficou em R$ 171 a arroba, estável.
Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina tiveram leve alta, resultado de algum repique pontual da demanda durante a primeira quinzena de maio. “A tendência de curto prazo ainda remete a pouco espaço para reajustes. O arrefecimento da demanda durante a segunda quinzena do mês acentua esse panorama”, diz.
Ainda destoam as exportações destinadas a China, com o país asiático muito atuante no mercado internacional em meio ao severo déficit proteico causado pela peste suína africana.
O corte traseiro teve preço de R$ 13,40 o quilo, com alta diária de cinco centavos. A ponta de agulha ficou em R$ 10,70 o quilo. Já o corte dianteiro seguiu em R$ 11,30 o quilo.