MERCADO

Arroba do boi gordo: cenário foi 'desastroso' em agosto, avalia analista

O mercado brasileiro de boi gordo enfrentou forte queda no preço

O mercado brasileiro de boi gordo enfrentou um cenário considerado desastroso em agosto, com forte queda no preço da arroba.

De acordo com o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, essa realidade foi determinada pela oferta elevada de boi no país e pela dificuldade dos consumidores em adquirir produtos de maior valor agregado, caso da carne bovina.

Segundo Iglesias, o cenário externo complicado pela queda na receita de exportação em dólar pelas indústrias, puxada especialmente pela crise econômica da China, também acabou contribuindo para uma pressão dos frigoríficos em torno de uma queda nos preços da arroba.

Queda menor em setembro

Para setembro, o analista acredita que o movimento de retração na cotação da arroba deve ser menor.

Ele ressalva de que, se houver uma continuidade do declínio por mais tempo, a rentabilidade média do pecuarista ficará ainda mais comprometida, influenciando na oferta futura de gado, com a redução dos investimentos voltados ao curto e médio prazo.

Fechamento do mercado de boi gordo em 1º de setembro

  • São Paulo (Capital):
    • Referência para a arroba do boi a prazo: R$ 200
    • Queda de 13,04% em relação ao fechamento de julho (R$ 230)
  • Dourados (MS):
    • Cotação da arroba a prazo: R$ 1950
    • Retração de 17,02% em relação ao fechamento do mês anterior (R$ 235)
  • Cuiabá (MT):
    • Queda de 13,76% ao longo do mês
    • Preço da arroba: R$ 188 (anteriormente R$ 218)
  • Uberaba (MG):
    • Preço a prazo: R$ 203 por arroba
    • Redução de 11,74% em comparação ao fechamento de julho (R$ 230)
  • Goiânia (GO):
    • Indicação de R$ 190
    • Queda de 13,64% em relação aos R$ 220,00 do encerramento de julho
  • Mercado atacadista

    Iglesias ressalta que o mercado atacadista registrou preços em queda ao longo de agosto, denotando um quadro de consumo bastante lento.

    O quarto do traseiro foi precificado a R$ 16,30 por quilo, queda de 4,12% frente aos R$ 17 praticados no final de julho.

    O quarto do dianteiro foi precificado a R$ 12,30 por quilo, retração de 2,77% frente aos R$ 12,65 registrados no fechamento de julho.