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Arroba do boi gordo deve ficar firme em agosto

Preocupação do setor está no crescimento dos custos da ração, que podem ser alavancados por uma exportação maior de grãos para a China

O presidente do Sindicato Rural de Campo Grande (MS), Ruy Fachini, disse esperar uma reação mais intensa dos preços da arroba do boi gordo no mercado físico a partir de meados de agosto, em linha com um possível aumento na demanda por carne bovina. Nos bastidores do Global Agribusiness Forum (GAF 2018), o executivo, que também integra a diretoria da Federação da Agricultura e Pecuária do estado (Famasul), destacou que as cotações já estão em ritmo de recuperação, porém, gradual.

“O que tem nos preocupado muito é o aumento de insumos para ração. Se houver crescimento nas exportações de grãos para a China, o setor agrícola ganha, mas a pecuária perde”, ponderou, em referência aos efeitos da guerra comercial estabelecida entre norte-americanos e chineses. A questão dos custos tem desestimulado a adoção de confinamento em Mato Grosso do Sul. “Em um momento que não temos mais pastagens”, enfatizou.

Ainda sobre a guerra comercial, Fachini afirma que, grosso modo, a pecuária norte-americana pode sair beneficiada. “O gado produzido nos EUA pode ter o custo reduzido, já que os grãos colhidos no país estão mais baratos, dada a ampla oferta interna com a diminuição das vendas para a China”, analisa.