Os negócios no mercado físico do boi gordo desaceleraram, mas os preços continuaram firmes nesta quarta-feira, 1º, de acordo com a consultoria Safras. O analista Fernando Henrique Iglesias diz que os frigoríficos começaram a adotar uma postura mais defensiva depois do acelerado ritmo de negócios observado no início da semana. “Os frigoríficos deverão passar a exercer uma pressão sobre os preços do gado no início da próxima semana”, disse Iglesias.
Segundo a consultoria, o potencial de consumo de carne bovina no curto e no médio prazo passou a ser uma incógnita, consequência do isolamento social para conter o avanço da pandemia. “Única certeza até agora é que fechamento de restaurantes e de outros estabelecimentos alterou os padrões de consumo”, assinalou.
Em São Paulo, Capital, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 202 a arroba, estáveis. Em Uberaba (MG), permaneceram em R$ 197 a arroba. Em Dourados (MS), ficaram em R$ 192 a arroba, contra R$ 191 a arroba ontem. Em Goiânia (GO) o preço indicado foi de R$ 190 a arroba, estável. Já em Cuiabá (MT), o preço seguiu R$ 177 por arroba.
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Atacado
Os preços da carne bovina ficaram estáveis. “Ao mesmo tempo em que o mercado se preocupa com a demanda doméstica, há dúvidas sobre como e quanto serão afetados os embarques para importantes parceiros comerciais, principalmente a União Europeia”, disse Iglesias.
Assim, o corte traseiro teve preço de R$ 14 o quilo, estável. A ponta de agulha ficou em R$ 10,70 o quilo. Já o corte dianteiro permaneceu em R$ 11,40 o quilo.