- Abertura dos mercados: incerteza em relação ao impacto do avanço do coronavírus na retomada da economia global preocupa investidores
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Boi: leve recuo dos preços com pressão dos frigoríficos
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Milho: cotações firmes em plena colheita
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Soja: preços estáveis em R$ 115 por saca no Brasil; exterior monitora relatório do USDA
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Café: mercado físico lento no Brasil com volatilidade no câmbio
Agenda:
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Conab: atualização da estimativa de safra de grãos do Brasil em 2019/2020
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IBGE: Levantamento Sistemático de Produção Agrícola de junho
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FGV: IGP-DI de junho
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IBGE: vendas do varejo de maio
Abertura dos mercados: incerteza em relação ao impacto do avanço do coronavírus na retomada da economia global preocupa investidores
Os futuros das bolsas americanas operam estáveis, com viés de baixa, enquanto que as bolsas europeias têm recuo mais consistente por volta das 7h38 (horário de Brasília). A incerteza em relação aos impactos do avanço do coronavírus segue muito alta e contamina as projeções de recuperação da economia global. Enquanto alguns indicadores mostram que o pior ficou em abril, os investidores começam a tentar prever o impacto de uma eventual segunda onda da Covid-19.
Dessa forma, o movimento geral tem sido de otimismo com ganhos expressivos após divulgação de indicadores econômicos, e seguido de devolução dos ganhos a partir de notícias de aumentos de casos, sobretudo nos Estados Unidos. No Brasil, o mercado aguarda os resultados das vendas do varejo de maio com expectativa de avanço expressivo, recuperando parte do recuo em abril.
Boi: leve recuo dos preços com pressão dos frigoríficos e demanda tímida
O indicador do Boi Gordo Cepea/B3 voltou a trabalhar abaixo de R$ 220 após dois dias acima deste patamar. De acordo com a Agrifatto consultoria, que também registrou leve recuo em algumas praças, o mercado tem estado lento esta semana com a indústria ofertando valores menores que a referência.
Os frigoríficos se afastam das compras tentando segurar o avanço dos preços, porém, como a oferta ainda segue bastante restrita, a medida traz pouco efeito prático nas cotações. A demanda interna que poderia trazer alguma pressão de alta na primeira quinzena do mês, mas que não se confirmou e permanece tímida também ajuda no movimento de estabilização e viés de baixa nos preços.
Milho: cotações firmes em plena colheita
O indicador do milho Esalq/BM&FBovespa teve ligeiro avanço para R$ 49,94, maior valor dentro de um mês. Em plena colheita da safrinha, os preços encontram sustentação no câmbio, na demanda e no processo ainda atrasado da colheita. No Paraná, a Deral registrou que apenas 8% da área plantada havia sido colhida.
O câmbio tem apresentado volatilidade, porém, com viés de alta e exerce pressão fundamental na sustentação das cotações do cereal. No exterior, o mercado monitora principalmente o clima no Meio-Oeste dos Estados Unidos e de acordo com a ARC Mercosul, apesar de algumas previsões alertarem os investidores para tempo seco no início da semana, a atualização mais recente é de chuvas mais expressivas no Cinturão Agrícola.
Soja: preços estáveis em R$ 115 por saca no Brasil; exterior monitora relatório do USDA
O indicador da soja Esalq/BM&FBovespa – Paranaguá avançou levemente para R$ 115,90, uma alta de 0,06%. A Agrifatto registrou preços estáveis ao redor de R$ 115 por saca, ainda que tenha observado algumas ofertas durante o dia de R$ 118 em alguns portos brasileiras para quem tinha soja disponível.
No exterior, o mercado aguarda a divulgação do relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na sexta-feira. As estimativas dos analistas divulgadas pelo Wall Street Journal em geral mostram que a oferta de soja deve continuar firme e com isso, dificilmente, o relatório trará pressões altistas nos preços.
Café: mercado físico lento no Brasil com volatilidade no câmbio
O indicador Cepea/Esalq do café arábica recuou novamente e chegou a R$ 491,09, 0,16% abaixo de ontem, dia 7. A Safras & Mercado registrou preços mais altos de maneira geral em outras praças, com as cotações sendo sustentadas pela valorização do arábica na Bolsa de Nova York e do robusta em Londres, e também acompanhando a alta do dólar. Contudo, o mercado foi lento nos negócios em virtude da volatilidade no câmbio e nas bolsas.