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As notícias que você precisa saber agora para começar bem a quinta-feira

Arroba do boi gordo segue firme e com viés de alta, preço do milho em alta pelo sexto dia consecutivo e cenário internacional positivo estão entre as informações importantes de hoje

  • Boi: arroba firme e com viés de alta com demanda fortalecida na primeira semana de agosto
  • Milho: em Campinas, saca sobe pelo sexto dia consecutivo e supera R$ 52
  • Soja: preço em Paranaguá encosta em R$ 121 por saca e engata quinta alta consecutiva
  • Café: indicador do café arábica Cepea/Esalq já atinge alta de mais de 4% no mês
  • No exterior: mercado americano segue otimista com avanço de pacote de estímulo; Europa tem abertura negativa com Banco da Inglaterra preocupado com economia
  • No Brasil: conforme esperado, Copom reduz taxa Selic para 2% ao ano; Comitê deixa porta aberta para novos cortes e indica taxa baixa por um longo período

Agenda:

  • Brasil: IGP-DI de julho
  • Brasil: taxa de desemprego (PNAD Contínua) de junho
  • USDA: exportações semanais de grãos dos Estados Unidos

Boi: arroba firme e com viés de alta com demanda fortalecida na primeira semana de agosto

A arroba do boi gordo segue firme e com viés de alta em virtude do maior apetite dos frigoríficos nesta primeira semana de agosto, de acordo com a consultoria IHS Markit. A Scot Consultoria voltou a registrar valorização disseminada da arroba, com praticamente metade das praças pesquisadas tendo aumento dos preços.

Na B3, o contrato para outubro teve um dia de ajuste e recuou R$ 0,50, para R$ 224,50. O indicador Cepea/B3 também teve ligeira queda e ficou em R$ 226,25.

A Agrifatto Consultoria registra que o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) divulgou dados sobre abates de bovinos no estado durante o mês de julho. De acordo com a publicação, houve avanço de 8% na comparação mensal, com volume de 507,26 mil cabeças. A leve recuperação está relacionada ao aumento nos abates de machos, porém, o volume ainda é 5% menor que o número de cabeças abatidas durante o mesmo período do ano passado e evidencia o cenário de oferta restrita no país este ano.

Milho: em Campinas, saca sobe pelo sexto dia consecutivo e supera R$ 52

O indicador do milho Cepea/Esalq/BM&FBovespa, com base de preços de Campinas (SP), subiu pelo sexto dia consecutivo, cotado a R$ 52,14. O contrato com vencimento em setembro na B3 voltou ao ritmo de altas e avançou 1,65%, cotado a R$ 52,78 por saca. A Agrifatto registra que os vendedores estão retraídos e sustentam o avanço das cotações mesmo em período de colheita.

Além disso, a retirada do milho safrinha em Mato Grosso do Sul segue lenta e atrasada na comparação com o ano passado, enquanto que a comercialização já atinge metade da produção projetada. Esse cenário gera oferta restrita e, somado à demanda firme da indústria nacional e do início de ritmo forte da demanda externa, impulsiona as cotações no estado.

Soja: preço em Paranaguá encosta em R$ 121 por saca e engata quinta alta consecutiva

O indicador da soja Esalq/BM&FBovespa – Paranaguá renovou o recorde histórico pelo quarto dia consecutivo, cotado a R$ 120,94 por saca. O avanço no mercado físico brasileiro ocorreu novamente apesar da queda em Chicago, em que o contrato para novembro recuou 3 cents (0,34%), para US$ 8,7875 por bushel.

O mercado segue monitorando a demanda chinesa por soja americana.  Nesta quarta-feira, 5, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) reportou venda de 192 mil toneladas, após sete dias úteis sem vendas superiores a 100 mil toneladas. Porém, a Brandalizze Consulting avalia que essa nova compra chinesa não animou o mercado, pois era esperado um número maior. No Brasil, o dólar teve sessão volátil, mas fechou o dia em leve alta de 0,14%, cotado a R$ 5,293, com máxima em R$ 5,32.

Café: indicador do café arábica Cepea/Esalq já atinge alta de mais de 4% no mês

O indicador do café arábica Cepea/Esalq avançou pelo oitavo dia consecutivo e atingiu o maior patamar desde  18 de maio, cotado a R$ 585,17 por saca. O indicador já atinge alta de 4,23% em agosto e registra avanço diário superior a 1% desde 29 de julho.

Em relatório mensal, a Organização Internacional do Café (OIC) passou a projetar aumento de 2,4 milhões de saca na demanda global. Com isso, a projeção anterior, feita em junho, que era de um excedente mundial de 1,85 milhão de sacas, passou para um déficit de 486 mil sacas.

No exterior: mercado americano segue otimista com avanço de pacote de estímulo; Europa tem abertura negativa com Banco da Inglaterra preocupado com economia

O mercado americano estende o otimismo dos últimos dias apostando no acordo entre republicanos e democratas em relação ao novo pacote de estímulo fiscal à economia americana. Na agenda, os investidores acompanham dados do mercado de trabalho nos EUA e as tensões entre o país e a China.

Na Europa, o Banco da Inglaterra decidiu manter as taxas de juros em 0,1% ao ano e não alterar o programa de recompra de títulos. Porém, o alerta sobre a lenta recuperação da economia no país causou preocupação e gera reação negativa nas bolsas europeias. A autoridade monetária inglesa projetou que a economia no Reino Unido dificilmente irá recuperar o nível pré-pandemia antes do fim de 2021, sendo que, nas comunicações anteriores, a projeção era de recuperação no segundo semestre do ano que vem.                          

No Brasil: conforme esperado, Copom reduz taxa Selic para 2% ao ano; comitê deixa porta aberta para novos cortes e indica taxa baixa por um longo período 

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu cortar a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, conforme amplamente precificado pelo mercado, para 2% ao ano. O mercado deve repercutir a comunicação do comitê de que o “espaço remanescente para utilização da política monetária, se houver, deve ser pequeno”. Parte dos investidores esperava encerramento do ciclo nesta reunião de maneira mais contundente.

A frase traz alguns alertas, mas deixa clara a possibilidade de novos cortes residuais à frente. Os diretores do Banco Central também comunicaram que não pretendem elevar a taxa de juros por um longo período, caso as projeções para inflação estejam próximas da meta no horizonte relevante para a política monetária (período de tempo que a taxa de juros afeta a projeção de inflação). No momento, esse horizonte representa o ano de 2021 e, em menor grau, o ano de 2022.