Agronegócio

As notícias que você precisa saber agora para começar bem a segunda-feira

Arroba do boi gordo e saca do milho tem nova rodada de valorização; cenário político ganha destaque no mercado brasileiro e no exterior.

  • Boi: arroba supera R$ 255 no indicador do Cepea pela primeira vez
  • Milho: oferta restrita gera aumentos pontuais nos preços

  • Soja: alta do dólar e de Chicago mantém mercado firme no Brasil

  • No Exterior: mercados aguardam debate entre Trump e Biden

  • No Brasil: cenário político é destaque com expectativa em torno do Pacto Federativo

Agenda:

  • Brasil: boletim focus (Banco Central)

  • EUA: inspeções de exportação semanal (USDA)

  • EUA: condições das lavouras norte-americanas (USDA)

Boi: arroba supera R$ 255 no indicador do Cepea pela primeira vez

A arroba do boi gordo superou os R$ 255 no indicador do Cepea pela primeira vez na série histórica. A cotação subiu 1,23% no dia e passou de R$ 252,55 para R$ 255,65. Na semana, a alta acumulada foi de 3,08%. Na B3, a maioria dos ajustes ficou mais alta que no dia anterior e a curva subiu 0,42% em média.

No mercado de reposição em São Paulo, o indicador do bezerro do Cepea também renovou o recorde histórico. O preço passou de R$ 2300,91 para R$ 2313,05 por cabeça, uma alta diária de 0,5%. Dessa maneira, o indicador acumulou uma alta de 3,6% na semana.

Milho: oferta restrita gera aumentos pontuais nos preços

O mercado físico brasileiro de milho segue firme e com viés de alta em virtude da oferta restrita do cereal. De acordo com o levantamento diário da consultoria Safras & Mercado, os destaques foram as cotações no porto de Santos (SP), que passaram de R$ 65 para R$ 66 por saca, e em Erechim (RS), de R$ 67 para R$ 68.

O Indicador do cepea para o milho, com base nos preços em Campinas (SP), superou os R$ 62 por saca pela primeira vez. O preço teve uma expressiva alta diária de 1,9% e passou de R$ 61,28 para R$ 62,45. Na semana, a cotação acumulou uma variação positiva de 6,8%. Na B3, os contratos futuros buscaram novas máximas e a curva subiu em média 1,63%.

Soja: alta do dólar e de Chicago mantém mercado firme no Brasil

O dólar voltou a operar acima de R$ 5,55, enquanto os contratos futuros em Chicago ensaiaram recuperação após quatro pregões de baixas. Com isso, os preços ficaram firmes no Brasil. A consultoria Safras & Mercado registrou cotações entre estáveis e mais altas nas principais praças acompanhadas. Em Cascavel (PR), a saca passou de R$ 147 para R$ 150 e em Rondonópolis (MT), de R$ 153 para R$ 157.

O indicador do Cepea para o porto de Paranaguá refletiu a queda do dólar da última quinta-feira, 24, e caiu de R$ 150,86 para R$ 146,63. Ainda assim, o indicador acumulou um aumento de 5,4% na comparação semanal.

No Exterior: mercados aguardam debate entre Trump e Biden 

Os mercados globais ensaiam abrir a semana em recuperação, enquanto aguardam o debate entre Donald Trump e Joe Biden, marcado para amanhã, terça-feira, 29. Apesar do crescente aumento de casos de coronavírus e a incerteza política em torno do pacote de estímulos nos Estados Unidos, as quedas recentes podem ter encontrado uma barreira técnica.

As pesquisas eleitorais norte-americanas seguem registrando vantagem para o candidato democrata. Porém, nas últimas eleições, em 2016, o resultado final surpreendeu o que era projetado pelas pesquisas. Dessa forma, com a proximidade do início das votações, a expectativa é de aumento da volatilidade a partir da dificuldade em se projetar o resultado final.

No Brasil: cenário político é destaque com expectativa em torno do Pacto Federativo

No cenário doméstico, as atenções se voltam novamente para a perspectiva política. Os investidores aguardam a apresentação da proposta do Governo Federal para o Pacto Federativo. A expectativa é que aliados do presidente Jair Bolsonaro apresentem o texto final a ele ainda hoje. Na imprensa brasileira, a especulação é que a nova proposta possa incluir um programa de transferência de renda (Renda Brasil) em substituição ao Bolsa Família. Também é esperada a proposição de um novo tributo que incidiria sobre o comércio eletrônico para financiar o novo programa e a desoneração ampla da folha.