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Boi: reposição registra novo recorde em São Paulo
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Milho: contrato para setembro na B3 supera os R$ 58 por saca
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Soja: preço em Paranaguá ultrapassa os R$ 127 por saca
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No Exterior: mercado monitora adiamento de reunião entre China e Estados Unidos
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No Brasil: rejeição a Bolsonaro despenca no Nordeste e aprovação nacional é a melhor desde o início do mandato em nova pesquisa do Datafolha
Agenda:
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EUA: inspeções de exportação semanal
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Brasil: balança comercial das duas primeiras semanas de agosto
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EUA: condições das lavouras americanas (USDA)
Boi: reposição registra novo recorde em São Paulo
O preço do Bezerro em São Paulo calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) que desde o final de julho estava cotado entre R$ 2100 e R$ 2120 por cabeça voltou a bater o recorde histórico. A média ficou cotada a R$ 2141,17, alta diária de 1,73%, e superou o recorde anterior do dia 03 de agosto de R$ 2126,28. Já o Boi Gordo teve recuo. O indicador Cepea/B3 caiu 1,36% e ficou cotado a R$ 224,75 por arroba.
A Agrifatto Consultoria registrou ligeira queda no mercado atacadista com baixa de R$ 0,10 por quilo na carcaça casada, que ficou cotada a R$ 14,70. O início da segunda quinzena de agosto pode segurar as altas no mercado interno e trazer algum viés de baixa.
Milho: contrato para setembro na B3 supera os R$ 58 por saca
Na B3, o contrato para setembro se valorizou mais de 1,0% e teve ajuste em R$ 58,48 por saca, renovando os recordes para este vencimento. O indicador do milho Cepea/Esalq/BM&FBovespa, com base nos preços em Campinas/SP chegou ao décimo terceiro dia consecutivo de alta e ficou cotado a R$ 55,51 a saca.
O analista da Safras & Mercado, Paulo Molinari, projeta que ainda não se nota sinal de reversão no quadro geral de preços firmes do milho internamente mais a frente. De acordo com ele, o avanço do La Niña faz com que o clima seja o novo desafio para o mercado interno no segundo semestre. Por fim, o analista projeta embarques de 7,3 milhões de toneladas do cereal para o mercado externo com os exportadores bastante agressivos no mercado.
Soja: preço em Paranaguá ultrapassa os R$ 127 por saca
O indicador da soja Esalq/BM&FBovespa – Paranaguá teve novo avanço, renovou o recorde histórico e ficou cotado a R$ 127,26 a saca, alta diária de 0,82%. No mês de agosto, o indicador já alcança uma alta de 6,8%. A consultoria Safras & Mercado registra preços de R$ 130 em Paranaguá e também no Porto de Rio Grande (RS). A Agrifatto vê prêmio de US$ 2,00 por bushel em Paranaguá.
No exterior, o mercado segue monitorando a demanda externa, sobretudo chinesa, e aguarda as condições das lavouras divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) hoje, segunda-feira, 17.
No Exterior: mercado monitora adiamento de reunião entre China e Estados Unidos
O mercado financeiro inicia a semana de maneira indefinida e lenta monitorando o adiamento da reunião entre China e Estados Unidos para tratar de questões comerciais. A Reuters informou que a suspensão ocorreu em virtude de conflitos de agenda e para dar tempo ao país asiático de comprar mais produtos americanos. Na sexta-feira, 14, em nova rodada de tensão geopolítica entre os dois países, o presidente americano, Donald Trump, ordenou que a companhia chinesa dona do aplicativo TikTok venda todos os ativos nos EUA em 90 dias. O governo americano manteve a justificativa de que a decisão é uma questão de segurança nacional.
Também pesa no sentimento dos investidores o aumento de casos de coronavírus e novas restrições de viagens na Europa. O mercado tenta projetar o efeito de novas medidas restritivas na retomada da economia.
No Brasil: balança comercial e discussões sobre teto de gastos no radar
Na agenda econômica, o destaque de hoje é a divulgação da balança comercial das duas primeiras semanas de agosto que deve trazer mais um bom saldo positivo puxado pelas vendas do agronegócio.
O mercado seguirá monitorando as discussões em torno do teto dos gastos. O Ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, que tem sido apontado por algumas notícias como um foco de pressão por mais gastos se pronunciou no final de semana. “Não estamos propondo gastar mais”, diz o ministro. “Precisamos de soluções para o momento excepcional que vivemos, mantendo a política de austeridade, mas cuidando de quem mais sofre na pandemia, famílias que muitas vezes não têm nem água para o mais básico”, conclui.