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Boi: arroba a prazo supera R$ 240 no indicador do Cepea; futuros recuam
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Milho: preços recuam ao menor nível em 2 semanas
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Soja: dólar abaixo de R$ 5,30 afasta comprador do mercado e preços caem
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No Exterior: mercados operam sem direção definida após forte baixa e na espera da criação de vagas nos EUA
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No Brasil: Rodrigo Maia espera votar reforma administrativa na Câmara este ano
Agenda:
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Brasil: produção, vendas e exportações de máquinas agrícolas de agosto (Anfavea)
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EUA: taxa de desemprego de agosto
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EUA: criação de vagas de trabalho (payroll) de agosto
Boi: arroba a prazo supera R$ 240 no indicador do Cepea; futuros recuam
O indicador do Cepea do boi gordo com pagamento a prazo superou os R$ 240 em uma alta diária de 0,38% e ficou cotado a R$ 240,24. O indicador à vista subiu quase R$ 1 e ficou cotado a R$ 239,85. Além disso, a Scot Consultoria registrou valorizações em 13 das 32 praças pesquisadas, com destaque para Dourados, no Mato Grosso do Sul, onde o preço subiu R$ 3 para R$ 235 a arroba, preço bruto.
Por outro lado, o mercado futuro passou por um dia de ajustes bem negativos. Sendo que a curva na B3 voltou praticamente toda para baixo de R$ 240. O recuo médio dos contratos foi de 1,78%. O contrato para outubro teve ajuste em R$ 238,30, -1,12% no dia e o contrato para novembro passou de R$ 242,25 para R$ 237,40.
Milho: preços recuam ao menor nível em 2 semanas
O indicador do milho do Cepea teve queda pelo terceiro dia consecutivo e atingiu o menor patamar em duas semanas. O recuo diário foi de 2,07% e a cotação ficou em R$ 59,11. Na B3, a queda média da curva foi de 2,31%. O contrato com vencimento para setembro caiu de R$ 57,50 para R$ 55,71 e o vencimento novembro passou de R$ 56,55 para R$ 54,84.
A consultoria Safras & Mercado voltou a reportar preços mais baixos em virtude do aumento das ofertas regionais, que estão pressionando as cotações nesta semana. O preço em Campinas (SP) passou de R$ 59 para R$ 57 e em Mogiana (SP) passou de R$ 57 para R$ 54.
Soja: dólar abaixo de R$ 5,30 afasta comprador do mercado e preços caem
O dólar recuou novamente ontem, quinta-feira, 3, cotado a R$ 5,296, uma queda diária de 1,15%. Com isso, o comprador se afastou do mercado e os preços caíram nas principais praças pesquisadas pela consultoria Safras & Mercado. A movimentação foi travada e a pouca disponibilidade da oleaginosa segue paralisando o mercado. Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos permaneceu em R$ 141. Na região das Missões, a cotação baixou de R$ 140 para R$ 139. Já no porto de Rio Grande, o preço seguiu em R$ 138.
Em Chicago, chegaram ao maior valor desde meados de janeiro e na máxima do dia o contrato para novembro encostou nos US$ 9,70 por bushel. O fechamento foi a US$ 9,66 por bushel, alta diária de 0,42%. O movimento de alta segue influenciado pela demanda externa, sobretudo chinesa, pela soja americana. Ontem, foram anunciadas 450 mil toneladas embarcadas para fora do país.
No Exterior: mercados operam sem direção definida após forte baixa e na espera da criação de vagas nos EUA
O pregão de ontem foi marcado por forte baixa do mercado acionário americano. O índice S&P 500 caiu 3,5%, após 30 sessões sem cair mais de 1,0%. O índice Nasdaq, com empresas de tecnologia, foi o principal destaque negativo e impulsionou as quedas nos outros índices, e recuou 5,2%. Os pedidos semanais de seguro-desemprego nos EUA vieram melhores que o esperado. Os investidores podem ter reagido negativamente ao salto de 19% no déficit comercial americano, maior em 12 anos, e o potencial efeito nas relações do país com a China. De forma que a tensão entre os países pode aumentar caso os EUA tentem compensar o saldo negativo na balança comercial.
Hoje, o mercado foca as atenções nos dados de criação de vagas de trabalho e taxa de desemprego de agosto nos Estados Unidos. O indicador é um balizador importante da dinâmica da economia americana e consequentemente da atividade global.
No Brasil: Rodrigo Maia espera votar reforma administrativa na Câmara este ano
O presidente da Câmara dos Deputados, Deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou ontem que espera votar a reforma administrativa pelo menos até o fim de 2020. Porém, ele indicou que a prioridade do Congresso deverá ser regular os gatilhos que abrem espaço dentro do Teto dos Gastos para implementar o programa de renda mínima do Governo Federal, o Renda Brasil.
A retomada da agenda de reformas segue favorecendo a moeda brasileira, que já caiu mais de 5% desde a máxima do mês de agosto. Ontem, a bolsa brasileira não resistiu à pressão negativa vinda das bolsas americanas e recuou 1,17% para 100.721,36 pontos.