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Analistas consultados pelo Wall Street Journal projetam redução da estimativa do USDA para a produção do milho em 2020/21 e leve aumento da de soja
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Boi: escalas curtas em São Paulo limitam tentativa de pressão de baixa nos preços, diz Scot
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Milho: novas valorizações com demandas doméstica e externa firmes
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Soja: mercado climático dá o tom dos negócios no exterior; mercado aguarda relatório do USDA de oferta e demanda
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No Exterior: mercado se divide entre bons dados de atividade econômica e avanço de casos de coronavírus
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No Brasil: IPCA de junho deve consolidar projeções para a taxa de juros
Agenda:
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USDA: relatório de julho para oferta e demanda norte-americana e mundial de soja, milho, trigo, arroz e algodão
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IBGE: IPCA e INPC de junho
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Departamento de Trabalho dos EUA: inflação ao produtor de junho
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IMEA: desenvolvimento das lavouras do Mato Grosso
Boi: escalas curtas em São Paulo limitam tentativa de pressão de baixa nos preços, diz Scot
De acordo com a Scot Consultoria, nesta semana os frigoríficos testaram compras a preços mais baixos, porém, as escalas curtas, atendendo em média três dias úteis, fizeram com que essa pressão de baixa não tivesse sucesso. A consultoria registrou preço estável em São Paulo, em R$ 218 bruto e à vista.
Para os bovinos de até trinta meses, demandados principalmente pela China, as ofertas seguem em R$ 225. Os analistas continuam registrando ofertas restritas e limitadas de animais terminados, o que sustenta a cotação mesmo em um cenário de demanda interna fraca.
Milho: novas valorizações com demandas doméstica e externa firmes
O milho continua em movimento de valorização com a demanda por parte de empresas domésticas e de exportadoras sustentando as cotações, enquanto que a oferta segue limitada ao atraso da colheita. A Datagro registra comercialização de 82% da produção de verão no Centro-Sul, ante venda antecipada de 70% da safra no mesmo período do ano passado. A Agrifatto projeta que o cereal parte para o rompimento da resistência em R$ 51 por saca.
No exterior, o mercado registra altas monitorando possibilidade de clima mais seco nos EUA e demanda externa. Para hoje, a principal expectativa está no relatório do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) de oferta e demanda que devem guiar os negócios no final desta semana.
Soja: mercado climático dá o tom dos negócios no exterior; mercado aguarda relatório do USDA de oferta e demanda
O mercado climático traz volatilidade ao preço da soja no exterior e dita o ritmo dos negócios. De acordo com a ARC Mercosul, o clima é o principal dado acompanhado pelo mercado no momento e aponta que os modelos meteorológicos muitas vezes são divergentes.
Como exemplo, o modelo americano tem previsão de chuvas mais consistentes no centro e no norte do Cinturão, enquanto que o modelo europeu tem chuvas amenas e dispersas.
No Brasil, a Agrifatto registra sustentação do patamar de R$ 116 para a soja física no porto de Paranaguá/PR seguindo valorização do dólar e de Chicago. Também há registro do aumento do prêmio pago aos portos brasileiros para agosto deste ano. A Anec aumentou a projeção de exportação em julho para 8,08 milhões de toneladas, contra os 7,25 milhões projetados na semana passada.
No Exterior: mercado se divide entre bons dados de atividade econômica e avanço de casos de coronavírus
Nos EUA, dados de vendas no atacado e pedidos iniciais de seguro-desemprego vieram melhores que o projetado. Por outro lado, o aumento de casos de coronavírus, principalmente na Flórida, e o alerta do diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos EUA (NIAID) Anthony Fauci de que estados mais críticos pausem as medidas de relaxamento pesam nos mercados.
No Brasil: IPCA de junho deve consolidar projeções para a taxa de juros
Dados melhores que o esperado em relação à economia brasileira enfraqueceram as apostas mais por mais cortes de juros. Hoje, o IBGE divulga o IPCA de junho e o volume do setor de serviços. Resultados acima do esperado nos dois indicadores devem esvaziar por completo as projeções de mais quedas na taxa Selic, que atualmente está em 2,25% ao ano, com projeção do Focus para o final do ano em 2,0%, com parte do mercado esperando até por taxas menores.