-
Boi: arroba volta a subir no indicador Cepea/B3 após três dias de pequenas quedas
-
Milho: preço em São Paulo atinge maior valor desde meados de abril
-
Soja: preço em Paranaguá supera R$ 124 por saca, renova recorde pelo quinto dia consecutivo e já sobe mais de 4% em agosto
-
No Exterior: Donald Trump bloqueia negócios de empresas americanas com aplicativos chineses; mercado de olho em dados de emprego nos EUA
-
No Brasil: Senado aprova projeto que limita juros de cartão de crédito e cheque especial; texto ainda precisa passar pela Câmara
Agenda:
-
China: balança comercial de julho
-
Brasil: IPCA de julho
-
EUA: criação de vagas de trabalho e taxa de desemprego de julho
Boi: arroba volta a subir no indicador Cepea/B3 após três dias de pequenas quedas
O indicador Cepea/B3 voltou a subir após três dias consecutivos de pequenas quedas e ficou cotado a R$ 227,40 a arroba, à vista e R$ 227,78, a prazo. No atacado, a Agrifatto Consultoria analisa que apesar das especulações de reajustes positivos em virtude do final de semana e do Dia dos Pais, não houve força suficiente para os preços se consolidarem em patamares mais altos.
A carcaça casada permanece cotada a R$ 14,50/kg, com alguns poucos negócios em valores R$ 0,20 a R$ 0,30/kg maiores. Na B3, a curva segue com dificuldades de ultrapassar a barreira dos R$ 225,50 e o contrato para dezembro encerrou em baixa de R$ 0,20 por arroba, a R$ 225,10.
Milho: preço em São Paulo atinge maior valor desde meados de abril
O indicador do milho Cepea/Esalq/BM&FBovespa, com base de preços de Campinas/SP, segue em escalada e atinge R$ 52,59, maior valor desde o dia 14 de abril. O contrato com vencimento em setembro na B3 teve ajuste na máxima do dia em R$ 53,75 por saca, subindo quase R$ 1 em um dia. De acordo com a consultoria Safras & Mercado, os produtores restringem a oferta e vendem apenas o necessário para o curto prazo.
Com poucos lotes ao longo do dia e a demanda firme, os preços avançam. A alta do dólar nos últimos dias também favorece as cotações do cereal no mercado físico, já que em Chicago os preços estão em queda. De acordo com a Agrifatto, nos últimos 60 dias, o vencimento para setembro já recuou 6,0% na CBOT.
Soja: preço em Paranaguá supera R$ 124 por saca, renova recorde pelo quinto dia consecutivo e já sobe mais de 4% em agosto
O indicador da soja Esalq/BM&FBovespa – Paranaguá renovou o recorde histórico pelo quinto dia consecutivo, cotado a R$ 124,31 por saca. O indicador já acumula uma alta de 4,36% no mês de agosto. O indicador Cepea/Esalq com base nos preços do Estado do Paraná também mostra bastante força e chega a R$ 117,17.
A alta do dólar, com a moeda americana voltando a operar ao redor de R$ 5,35 trouxe ainda mais impulso para os preços da oleaginosa no Brasil. Em Chicago, a soja segue pressionada pela perspectiva de safra ampla, de modo que nem mesmo novas vendas para a China foram capazes de gerar alta dos preços.
No Exterior: Donald Trump bloqueia negócios de empresas americanas com aplicativos chineses; mercado de olho em dados de emprego nos EUA
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou ordens executivas (situação semelhante a Medidas Provisórias no Brasil) proibindo residentes do país a realizarem negócios com os proprietários dos aplicativos chineses WeChat e TikTok. A decisão é válida por 45 dias e teve como justificativa a privacidade dos dados pessoais dos americanos.
Os mercados reagem em leve baixa no geral com aumento da percepção de risco. China e EUA têm elevado as tensões geopolíticas pelo menos desde o início de julho com pouco efeito nas bolsas globais que têm apresentado altas em virtude dos estímulos monetários disponibilizados pelos Bancos Centrais e pela perspectiva de retomada da economia global.
Na agenda de indicadores, destaque para o robusto saldo positivo da balança comercial chinesa em julho com aumento muito acima do esperado das exportações. Investidores estarão focados hoje, sexta-feira, 7, nos dados de emprego nos EUA com a criação de vagas de trabalho em julho.
No Brasil: Senado aprova projeto que limita juros de cartão de crédito e cheque especial; texto ainda precisa passar pela Câmara
O Senado aprovou ontem, quinta-feira, dia 06, o projeto que limita juros de cartão e cheque especial. O Projeto de Lei (PL) ainda tem que passar pela Câmara dos Deputados. O analista político da consultoria Arko Advice, Lucas de Aragão, projeta que o PL não deve ser aprovado na Câmara.
De acordo com ele, a tendência, inclusive, é de que o projeto pode nem ser votado, segundo consultas com deputados e líderes partidários. O destaque da agenda hoje é a divulgação do IPCA de julho. As projeções de mercado apontam para a maior alta mensal do ano e os investidores aguardam o resultado para calibrar apostas em relação à taxa de juros para a próxima reunião do Copom em setembro.