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Diversos

As notícias que você precisa saber agora para começar bem a terça-feira

Queda do dólar nos últimos dias gera baixas nas commodities agrícolas cotadas em real. Enquanto isso, os mercados globais se animam com desenvolvimento de vacinas

  • Boi: curva futura tem queda, mas contratos mais curtos seguem acima de R$290

  • Milho: câmbio gera novas baixas nos futuros que voltam a ficar abaixo de R$ 80

  • Soja: Chicago renova máximas em 4 anos; cotações no Brasil recuam

  • Café: cautela guia mercados com volatilidade do dólar e de Nova York

  • No Exterior: mercados se animam com avanço de vacinas

  • No Brasil: Rodrigo Maia volta a cobrar governo por reformas

Agenda:

  • Brasil: atualização da estimativa para a safra brasileira de grãos 2020/2021 (Conab)

  • Brasil: Levantamento Sistemático de Produção Agrícola de outubro (IBGE)

  • EUA: relatório de novembro de oferta e demanda mundial para grãos (USDA)

Boi: curva futura tem queda, mas contratos mais curtos seguem acima de R$290

Na B3, os contratos futuros do boi gordo tiveram um dia marcado por ajustes menores na comparação diária. Com isso, a curva futura recuou em média 1,16% considerando até o vencimento para maio de 2021. Ainda assim, os contratos para novembro e dezembro permaneceram acima de R$ 290 por arroba, com o ajuste do primeiro ficando em R$ 292,70 e o do segundo em R$ 290,65.

De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior, foram exportadas na primeira semana de novembro um total de 42 mil toneladas de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada. Isso resulta em uma média de 10,5 mil toneladas por dia útil, certamente uma das maiores semanas da história da série, pois ficou quase 30% acima do recorde atual registrado em outubro deste ano, de 8,1 mil toneladas. Caso o ritmo seja mantido até o final do mês, o Brasil poderia ultrapassar 200 mil toneladas embarcadas, sendo que o recorde atual é de 170,5 mil.

Milho: câmbio gera novas baixas nos futuros que voltam a ficar abaixo de R$ 80

A volatilidade do dólar que chegou a trabalhar abaixo de R$ 5,23 e fechou o dia praticamente estável gerou novas quedas nos futuros do milho na B3. Dessa maneira, o ajuste do contrato para novembro passou de R$ 80,04 para R$ 78,79 por saca, enquanto que para janeiro de 2021 passou de R$ 80,47 para R$ 78,49. O indicador do Cepea também apresentou recuo e foi de R$ 81,32 para R$ 80,91.

A primeira semana de novembro trouxe retomada das exportações de milho do Brasil. Foi embarcado um volume total de 1,15 milhão de toneladas, uma média diária 12% maior que a registrada em outubro e 41% acima da observada em novembro do ano passado. Caso o ritmo atual se mantenha até o final do mês, o volume deverá ser recorde para um mês de novembro.

Soja: Chicago renova máximas em 4 anos; cotações no Brasil recuam

A demanda pela soja norte-americana segue guiando os contratos futuros da oleaginosa em Chicago para novas máximas. O vencimento para janeiro de 2021 chegou a operar em US$ 11,18 por bushell, maior patamar em 4 anos. No Brasil, a valorização do real tem gerado quedas nas cotações da soja apesar dos poucos negócios reportados. No levantamento diário da consultoria Safras & Mercado, em Rio Verde (GO), a saca passou de R$ 178 para R$ 173 e em Rondonópolis (MT), de R$ 178 para R$ 175.

As exportações de soja brasileira tiveram novo crescimento da média diária embarcada, apesar da escassez do produto no Brasil. Nos quatro primeiros dias de novembro foram embarcadas 201,47 mil toneladas contra 124,64 mil em outubro. Apesar disso, este volume está abaixo do registrado no mesmo período do ano passado.

Café: cautela guia mercados com volatilidade do dólar e de Nova York

A volatilidade deu o tom no mercado de café em Nova York. O contrato para dezembro trabalhou em um intervalo largo entre US$ 1,0635 e US$ 1,0935 por libra-peso. Volatilidade também marcou a negociação do câmbio no Brasil e gerou lentidão no mercado físico brasileiro de café.

A Safras & Mercado reportou estabilidade novamente nas praças pesquisadas. No sul de Minas, o arábica bebida boa com 15% de catação terminou o dia em R$ 530/535 a saca. No cerrado mineiro, o arábica bebida dura com 15% de catação teve preço de R$ 535/540 a saca.

No Exterior: mercados se animam com avanço de vacinas 

Os mercados globais tiveram otimismo renovado com notícias relatando avanço das vacinas contra coronavírus. Por outro lado, parte dos investidores monitora se um cronograma favorável no desenvolvimento das vacinas não faria com que os estímulos para a economia norte-americana fossem menores que os projetados atualmente.

Em relação às eleições nos Estados Unidos, o Procurador-Geral do país, William Barr, autorizou os promotores federais a investigarem as alegações de fraudes e irregularidades na apuração de votos. O que pode ser considerado como uma pequena vitória da campanha do atual presidente, Donald Trump, é o fato de que a investigação ocorra antes da certificação oficial de alguns resultados. Por enquanto, os mercados têm duvidado de qualquer mudança no resultado declarado e não tem reagido a uma eventual demora na oficialização.

No Brasil: Rodrigo Maia volta a cobrar governo por reformas

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltou a cobrar do Governo Federal atuação junto à base de apoio para aprovação de reformas. Maia chegou a dizer em entrevista que “sem as reformas, o Brasil explode”. A expectativa é que o relator da PEC Emergencial e da PEC do Pacto Federativo, Senador Márcio Bittar (MDB-AC), apresente o seu parecer na próxima semana com o encerramento do primeiro turno das eleições municipais.

Ontem, segunda-feira, 9, o dólar chegou a encostar próximo dos R$ 5,20 guiado pelo otimismo externo. Porém, ruídos políticos no Brasil, sobretudo com a possibilidade de votação do Orçamento apenas em abril do ano que vem, levaram a moeda norte-americana a ficar praticamente estável.

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