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Abertura dos mercados: bolsas europeias e futuros americanos devolvem parte dos ganhos de ontem com indicadores abaixo do esperado na Alemanha
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Investidores repercutem relatório da USDA com condições boas ou excelentes das lavouras americanas de milho ligeiramente abaixo do esperado em 71% e soja um pouco melhor que as projeções
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Boi: frigoríficos aumentam escalas e seguram alta dos preços
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Milho: cotações firmes perto de R$ 50 em Campinas/SP
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Soja: exportações em ritmo muito forte e patamar consolidado de R$ 115 nos portos brasileiros
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Café: preços voltam a perder nível de 1 dólar por libra peso em Nova York
Agenda:
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Deral: desenvolvimento das lavouras do Paraná
Abertura dos mercados: bolsas europeias e futuros americanos devolvem parte dos ganhos de ontem com indicadores abaixo do esperado na Alemanha
As bolsas europeias e os futuros das bolsas americanas recuam e devolvem parte dos ganhos de ontem em virtude de dados de produção industrial piores que os projetados na Alemanha. Também pesa no sentimento do mercado a decisão do prefeito de Miami de suspender a reabertura do comércio local com preocupação em relação ao aumento de casos de coronavírus nos últimos dias.
Com isso, o dólar sobe no exterior pelo aumento da percepção de risco dos investidores e pode pressionar o real na abertura de hoje.
Boi: frigoríficos aumentam escalas e seguram alta dos preços
Segundo informações da Agrifatto Consultoria, em São Paulo as escalas têm atendido em média 6,4 dias, e em Mato Grosso 6 dias. Dessa maneira, o ajuste de escalas nessas regiões permitiu aos frigoríficos reduzirem as compras e ofertarem valores menores que a referência recente.
De acordo com a Scot Consultoria, baixas foram registradas em Goiás, Mato Grosso do Sul, Bahia e Rondônia. No restante, as cotações ficaram firmes, porém, pressionadas. Em relação às exportações, a primeira semana de julho mostra continuidade do ritmo de embarques. Foram exportadas um total de 17,7 mil toneladas no período, uma alta anual de 2,05% considerando a média diária.
Milho: cotações firmes perto de R$ 50 em Campinas/SP
As cotações em Campinas/SP seguem próximas a R$ 50 por saca de acordo com registros da Agrifatto. As negociações estão lentas em virtude da comercialização antecipada e do atraso na colheita da safrinha. As exportações mostram alguma reação na primeira semana de julho, assim como na última semana de junho, com 95,6 mil toneladas embarcadas, um crescimento de quase cinco vezes o registrado na média diária do mês de junho.
Nos Estados Unidos, o Departamento de Agricultura (USDA) divulgou que 71% das lavouras de milho estavam em boas ou excelentes condições na última semana, ante 73% na semana anterior, e 57% um ano atrás. O resultado ficou ligeiramente abaixo das expectativas dos investidores, de 72%, de acordo com a Reuters.
Soja: exportações em ritmo muito forte e patamar consolidado de R$ 115 nos portos brasileiros
No Brasil, as exportações seguem em ritmo bastante forte para a oleaginosa, com 648,1 mil toneladas embarcadas na primeira semana de junho, o dobro da média diária registrada em julho do ano passado. Nos portos brasileiros, o patamar de R$ 115 está cada vez mais consolidado de acordo com a Agrifatto.
A alta recente em Chicago com sinais cada vez mais fortes da demanda chinesa e o dólar sustentado seguram as cotações nestes níveis. O relatório do USDA para a soja apresentou estabilidade de 71% de plantações em condições boas ou excelentes, acima das expectativas de 70% segundo a Reuters, e de um ano atrás, de 53%.
Café: indicador Cepea/Esalq do café arábica recua quase 20 reais por saca
O indicador Cepea/Esalq do café arábica recuou quase 20 reais por saca cotado a R$ 491,88, uma queda diária de 3,57% seguindo as quedas observadas no exterior. A diminuição do risco de geadas no Brasil derrubou os preços em Nova York, que voltaram a ficar abaixo do patamar de 1 dólar por libra peso, superado na semana passada. Preocupações em relação a uma segunda onda de coronavírus também seguem no radar dos investidores com receio quanto à retomada da demanda.