RAIO-X DA PECUÁRIA

'Atualização no combate à vaca louca abrirá portas para novos mercados', diz médico-veterinário

Brasil implementou mudanças importantes nas diretrizes do seu Programa Nacional de Prevenção e Controle da EEB

Desde 2012, o Brasil tem sido reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como um dos países com menor risco de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), mais conhecida como a doença da vaca louca. Em 2024, com a atualização no Código Sanitário da OIE, o Brasil implementou mudanças importantes nas diretrizes do seu Programa Nacional de Prevenção e Controle da EEB, visando aprimorar ainda mais as medidas sanitárias no setor pecuário.

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O médico-veterinário Marcus Rezende explicou que essas mudanças reforçam a vigilância sanitária, principalmente no monitoramento de bovinos mais idosos e no controle rigoroso da alimentação dos ruminantes.

“O Brasil nunca teve casos de vaca louca clássica, e os episódios registrados foram em animais senis. Agora, estamos intensificando o rigor na investigação desses casos, bem como na fiscalização da alimentação dos ruminantes, proibindo a utilização de qualquer resíduo de origem animal”, afirmou Rezende.

Segundo ele, a atualização nas diretrizes traz vantagens significativas para os pecuaristas brasileiros. “Isso vai beneficiar muito o acesso a novos mercados internacionais. Embora aqui saibamos que nossa carne é de alta qualidade e segura, o mundo ainda precisa ser convencido disso. Com essas atualizações, estaremos em posição de mostrar ao mercado global que nossas práticas atendem aos mais altos padrões sanitários”, destacou o veterinário.

A mudança também pode ajudar os produtores a otimizar seus recursos e reduzir custos operacionais. “A nova diretriz permite que os pecuaristas concentrem seus esforços em áreas-chave, tornando as operações mais eficientes. Além disso, com a assessoria técnica correta, os produtores podem garantir que todas as exigências estejam sendo cumpridas, o que traz segurança e previsibilidade ao setor”, explicou Rezende.

O Brasil, que já é o maior exportador mundial de carne bovina, deve ganhar ainda mais espaço nos mercados internacionais com essas mudanças. Rezende enfatizou a importância de comunicar essas melhorias ao mundo:

“Estamos prontos para crescer e fortalecer nossa posição como um dos principais fornecedores de carne de qualidade. Essas medidas são mais uma prova de que a pecuária brasileira está à frente no cuidado com a saúde animal e a segurança alimentar.”