- Boi: indicador Cepea fecha abaixo de R$ 300 por arroba
- Milho: alta perde força no mercado brasileiro
- Soja: Chicago sobe novamente e fica perto de renovar máxima do ano
- Café: ajuste em Nova York segura preços no Brasil
- No exterior: mercados seguem otimistas com política monetária nos EUA
- No Brasil: Bolsonaro entrega projeto de lei para privatização dos Correios à Câmara
Agenda:
- Brasil: IGP-M de fevereiro (FGV)
- EUA: segunda prévia do PIB do quarto trimestre de 2020
- EUA: exportações semanais de grãos (USDA)
Boi: indicador Cepea fecha abaixo de R$ 300 por arroba
Em seu quarto dia consecutivo de queda, o indicador do boi gordo do Cepea fechou abaixo de R$ 300 por arroba, após duas semanas acima desse patamar. A cotação caiu 0,43% e passou de R$ 300,80 para R$ 299,50 por arroba. No acumulado do ano, os preços alcançaram uma alta de 12,11%. O mercado segue testando níveis mais baixos em virtude da dificuldade do consumidor interno em absorver as altas do início de 2021.
No mercado futuro, os contratos do boi gordo negociados na B3 recuaram. O vencimento para fevereiro caiu de R$ 302,80 para R$ 301,55, o março foi de R$ 300,35 para R$ 298,40 e o maio, de R$ 287,45 para R$ 286,90 por arroba.
Milho: alta perde força no mercado brasileiro
Apesar de chegar ao oitavo dia consecutivo de alta, o indicador do milho do Cepea perdeu força. Os preços passaram de R$ 85,08 para R$ 85,19, ou seja, 0,1% de aumento. Desde que esse período de valorizações começou, o indicador havia acumulado uma elevação de 2,3% até a última terça-feira, 23, o que resulta em uma média de 0,3% por dia.
Na B3, os contratos futuros de milho tiveram movimento semelhante, com altas mais modestas que nos dias anteriores. O vencimento para março subiu de R$ 88,31 para R$ 88,62 por saca e o para maio foi de R$ 88,28 para R$ 88,63.
Soja: Chicago sobe novamente e fica perto de renovar máxima do ano
A soja negociada na Bolsa de Chicago subiu novamente e ficou próxima de romper a máxima do ano. O contrato para maio se valorizou 1,22% na passagem diária e foi de US$ 14,084 para US$ 14,256 por bushel. A demanda pela oleaginosa norte-americana segue firme e impulsiona os preços para novos patamares.
No Brasil, a consultoria Safras & Mercado registrou um dia de poucos negócios em virtude de um mercado mais travado com sinais opostos de Chicago e do dólar. Em Passo Fundo (RS), a saca subiu de R$ 165 para R$ 166, e no porto de Paranaguá (PR), ficou estável em R$ 166.
Café: ajuste em Nova York segura preços no Brasil
Após quase uma semana de altas expressivas, o café arábica negociado em Nova York teve uma pequena correção e recuou 0,76%, passando de US$ 1,3830 para US$ 1,3725 por libra-peso. O avanço global do dólar gerou um movimento de realização de lucros que explica a correção dos preços na bolsa norte-americana.
No Brasil, além do recuo mencionado no exterior, o dólar também se desvalorizou em relação ao real. Dessa forma, as cotações tiveram pouco espaço para seguir os avanços dos últimos dias. O indicador do arábica do Cepea subiu levemente de R$ 724,96 para R$ 725,02 por saca.
No exterior: mercados seguem otimistas com política monetária nos EUA
Os mercados globais reagiram positivamente às indicações do presidente do Banco Central norte-americano (Fed), Jerome Powell, de que a política monetária deve se manter acomodada ainda por um bom tempo. Powell repetiu o discurso do dia anterior, de que espera que a inflação possa ter alguma volatilidade com a reabertura da economia, mas que não projeta que ela fique excessivamente alta.
O contexto dos discursos do presidente do Fed é de um momento em que as taxas de juros de longo prazo do Tesouro norte-americano estão subindo. Nesta quarta-feira, 24, os juros com vencimento em dez anos atingiram 1,4%, o maior nível em um ano. Powell tenta afastar o medo dos investidores de que o Fed eleverá os juros de curto prazo.
No Brasil: Bolsonaro entrega à Câmara projeto de lei para privatização dos Correios
Um dia após apresentar a medida provisória que abre espaço para privatização da Eletrobras, o presidente Jair Bolsonaro voltou à Câmara, agora para entregar o projeto de lei que prevê a privatização dos Correios. O texto foi entregue ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Também compareceram à cerimônia os ministros da Economia, Paulo Guedes, e das Comunicações, Fábio Faria. A proposta tem a intenção de quebrar o monopólio postal dos Correios e abrir o mercado a outras empresas que se interessem.
Além disso, nesta quarta-feira, o Senado Federal aprovou o projeto de lei que estabelece regras para entrada do setor privado na compra de vacinas. O texto também pretende destravar o processo de aquisição de imunizantes pelo governo, regulamentando algumas das cláusulas propostas pelos fabricantes.