- Boi: arroba sobe para R$ 298 em São Paulo, diz Safras & Mercado
- Milho: preços recuam novamente seguindo Chicago e aumento das ofertas
- Soja: bushel tem forte queda no exterior
- Café: indicador do Cepea acompanha câmbio e renova recorde
- No exterior: mercados tentam retomar otimismo na espera de resultados corporativos
- No Brasil: risco fiscal e pandemia levam dólar para perto de R$ 5,50 novamente
Agenda:
- Brasil: Boletim Focus (Banco Central)
- Brasil: balança comercial das três primeiras semanas de janeiro
- EUA: inspeções de exportação semanal (USDA)
Boi: arroba sobe para R$ 298 em São Paulo, diz Safras & Mercado
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a arroba do boi gordo negociada em São Paulo subiu de R$ 296 para R$ 298. Em Dourados (MS), passou de R$ 284 para R$ 286, e em Uberaba (MG), saltou de R$ 290 para R$ 293. Segundo a análise da consultoria, ainda há dificuldades de alongamento das escalas de abate.
No mercado futuro, os contratos negociados na B3 tiveram valorização pelo segundo dia consecutivo. O ajuste do vencimento para janeiro passou de R$ 295,30 para R$ 297,30 por arroba e do fevereiro foi de R$ 294,60 para R$ 296,80.
Milho: preços recuam novamente seguindo Chicago e aumento das ofertas
O indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), recuou pelo segundo dia consecutivo. A saca passou de R$ 85,03 para R$ 84,43. Dessa forma, na comparação semanal, houve uma leve desvalorização de 0,11%. O movimento ocorreu em virtude da queda em Chicago e de um aumento das ofertas.
Na Bolsa de Chicago, o contrato para março apresentou um forte recuo de 4,58% seguindo o aumento do pessimismo com o avanço da pandemia. O bushel ficou no menor nível em 10 dias e passou de US$ 5,242 para US$ 5,004.
Soja: bushel tem forte queda no exterior
O bushel da soja negociado em Chicago registrou forte queda e passou de US$ 13,702 para US$ 13,116, um recuo diário de 4,28%. Foi a quarta baixa em cinco dias. Apesar dos sinais de boa demanda pela oleaginosa norte-americana, o mercado focou na melhora do clima na América do Sul e no aumento do risco relativo à pandemia.
No Brasil, os preços tiveram sinalizações opostas com a baixa em Chicago e a alta do dólar em relação ao real. O indicador da soja do Cepea, calculado com base nos negócios efetuados no porto de Paranaguá (PR), caiu de R$ 170,11 para R$ 169,11 por saca.
Café: indicador do Cepea acompanha câmbio e renova recorde
O indicador do café arábica do Cepea subiu pelo quarto dia consecutivo e renovou o recorde nominal histórico da série. A cotação passou de R$ 654,24 para R$ 658,67 por saca, uma alta diária de 0,68%. A valorização seguiu o movimento do dólar em relação ao real, pois em Nova York, os preços recuaram e estão estabilizados ao redor de US$ 1,25 por libra-peso.
Com essa alta, o indicador acumulou um aumento de 1,0% na comparação semanal. Considerando o acumulado de 2021, a elevação dos preços chegou a 8,6%. O mercado segue monitorando a safra brasileira e os riscos que a pandemia pode causar no lado da demanda global.
No exterior: mercados tentam retomar otimismo na espera de resultados corporativos
Os mercados globais abrem a semana em leve alta tentando retomar o otimismo na espera de resultados corporativos, sobretudo de empresas de tecnologia. Outro destaque da semana é a expectativa sobre os detalhes do novo pacote de estímulos nos Estados Unidos, prometido pelo presidente Joe Biden.
Em relação à pandemia, nos Estados Unidos, o avanço da vacinação pode estar contribuindo com o início da diminuição das hospitalizações em virtude da Covid-19. Ainda em patamar muito alto, os dados apontam que o número de hospitalizações cai de maneira consistente no país.
No Brasil: risco fiscal e pandemia levam dólar para perto de R$ 5,50 novamente
O risco fiscal decorrente da piora da pandemia no Brasil e em outras economias importantes fez o dólar voltar a operar próximo dos R$ 5,50 novamente. A moeda norte-americana valorizou 2,14% na passagem diária em relação ao real e subiu de R$ 5,3641 para R$ 5,479. O mercado começa a perceber que a pressão para extensão do auxílio emergencial será cada vez maior e que talvez seja necessária.
No fim de semana, Secretários de Fazenda de 18 estados pediram a volta do auxílio emergencial. Eles assinaram uma carta destinada ao Congresso Nacional pedindo medidas urgentes contra a segunda onda de Covid-19 no Brasil. Entre as medidas, a de maior destaque é o retorno do auxílio emergencial. Os secretários também pedem a prorrogação do estado de calamidade pública e do Orçamento de Guerra até junho deste ano.