- Boi: atacado tem novo recuo, mas indicador do Cepea renova recorde
- Milho: mercado segue com pouco volume e preços firmes
- Soja: cotações recuam no Brasil, apesar de alta do dólar
- Café: arábica renova recorde no Brasil e bate maior valor em cinco meses em Nova York
- No exterior: bolsas sobem com bons dados de atividade econômica
- No Brasil: governo e Congresso entram em acordo por auxílio emergencial
Agenda:
- Brasil: arrecadação federal de janeiro
- Brasil: desenvolvimento das lavouras do Mato Grosso (Imea)
- EUA: exportações semanais de grãos (USDA)
Boi: atacado tem novo recuo, mas indicador do Cepea renova recorde
Os preços da carne bovina voltaram a recuar no atacado, de acordo com a consultoria Safras & Mercado. O corte traseiro caiu para R$ 19,90 o quilo, enquanto que o dianteiro e a ponta da agulha ficaram estáveis a R$ 15,50 o quilo. O analista Fernando Iglesias aponta que as desvalorizações no atacado são as primeiras sinalizações de inversão da tendência de alta da arroba.
Apesar disso, o indicador do boi gordo do Cepea subiu 0,50% na comparação diária e passou de R$ 302,25 para R$ 303,75. Dessa forma, a cotação voltou a renovar a máxima nominal histórica da série do instituto. Em 2021, a alta acumulada chegou a 13,70%.
Milho: mercado segue com pouco volume e preços firmes
O mercado brasileiro de milho seguiu operando com pouco volume nesta semana encurtada em virtude do feriado de Carnaval. O indicador do Cepea subiu pelo quarto dia consecutivo e passou de R$ 83,80 para R$ 84,06 por saca, o maior patamar em quase um mês. Na B3, o vencimento para março teve um leve recuo e passou de R$ 86,84 para R$ 86,66 por saca.
Em Chicago, os contratos futuros de milho tiveram um pregão de cotações mais baixas, com o mercado realizando lucros das altas recentes. O vencimento para maio caiu 0,29% e saiu de US$ 5,506 para US$ 5,49 por bushel.
Soja: cotações recuam no Brasil, apesar de alta do dólar
O indicador da soja do Cepea, calculado com base nos preços praticados no porto de Paranaguá (PR), recuou 0,2% e passou de R$ 164 para R$ 163,70 por saca. Foi o menor nível da cotação desde 5 de janeiro. Ainda assim, no acumulado do ano, os preços já avançaram 6,4%. Apesar do dólar voltar a se aproximar dos R$ 5,45, o avanço da colheita vai enfraquecendo as cotações.
Em Chicago, os contratos futuros da soja acompanharam o movimento de desvalorização observado no milho e recuaram 0,59%, de US$ 13,846 para US$ 13,764 por bushel. A expectativa de aumento da área a ser plantada nos Estados Unidos em 2021 pressionou o mercado.
Café: arábica renova recorde no Brasil e bate maior valor em cinco meses em Nova York
O indicador do café arábica do Cepea teve mais um dia de alta expressiva ao subir 2,04%, de R$ 670,04 para R$ 683,70 por saca, e renovou o recorde histórico nominal da série de preços. A cotação acompanha a força observada no exterior e ainda conta com o impulso do dólar que tem se valorizado em relação ao real.
Em Nova York, o contrato para maio subiu de US$ 1,274 para US$ 1,293 por bushel e chegou ao maior patamar de fechamento em cinco meses. Após o mercado chegar a US$ 1,22 na última sexta-feira, 12, e marcar a mínima em praticamente um mês, os preços têm encontrado forte recuperação nesta semana.
No exterior: bolsas sobem com bons dados de atividade econômica
As bolsas europeias e os futuros norte-americanos operavam em alta na abertura do dia seguindo bons dados de atividade econômica na Zona do Euro. O índice dos gerentes de compras (PMI) da região avançou ao maior nível em dois meses tanto para o setor industrial quanto para o setor de serviços. Ao longo do dia, o mesmo dado para os Estados Unidos será divulgado.
Além dos índices de atividade econômica, na agenda de hoje dos EUA, os investidores aguardam dados de vendas de moradias e discurso de membros do Banco Central norte-americano. O mercado também monitora as discussões em torno do novo plano de estímulos proposto pelo presidente Joe Biden.
No Brasil: governo e Congresso entram em acordo por auxílio emergencial
O governo federal e o Congresso Nacional entraram em acordo nesta quinta-feira, 18, para a edição de uma medida provisória (MP) e proposta de emenda à constituição (PEC) com ajustes de despesas para liberar uma nova rodada de auxílio emergencial. A expectativa é que a proposta seja enviada para votação já na semana que vem.
O plano contou com o apoio do Ministro da Economia, Paulo Guedes, do Ministro da Secretaria de Governo, General Luiz Eduardo Ramos, e dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). O formato do novo auxílio não foi divulgado, nem mesmo os valores e as parcelas.
A equipe de Guedes defende valores em torno de R$ 250 por até quatro parcelas e um programa mais focalizado, que atinja apenas a população de renda mais baixa.