- Boi: arroba segue mostrando recuperação
- Milho: preços ficam estáveis no físico, mas recuam fortemente no futuro
- Soja: Chicago alcança quarto dia consecutivo de queda
- Café: indicador do Cepea tem leve alta seguindo câmbio
- No exterior: dados de atividade econômica são destaques da semana nos EUA
- No Brasil: dólar tem segunda alta semanal consecutiva
Agenda:
- Brasil: relatório Focus (Banco Central)
- Brasil: balança comercial das três primeiras semanas de maio
- EUA: inspeções de exportação semanal (USDA)
Boi: arroba segue mostrando recuperação
O indicador do boi gordo do Cepea teve um dia de alta dos preços e voltou a ficar acima de R$ 310 por arroba. A cotação variou 2,28% em relação ao dia anterior e passou de R$ 305,45 para R$ 312,4 por arroba. Sendo assim, no acumulado do ano, o indicador valorizou 16,94%, e em 12 meses, os preços alcançaram 54,65% de alta.
Na B3, os contratos futuros do boi gordo encerraram a semana em baixa na comparação diária, porém, tiveram boa recuperação nos dias anteriores. O vencimento para maio passou de R$ 313,20 para R$ 311,50, o para junho foi de R$ 325,65 para R$ 322,75 e o para outubro passou de R$ 344,85 para R$ 342,55 por arroba.
Milho: preços ficam estáveis no físico, mas recuam fortemente no futuro
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, o mercado brasileiro de milho teve preços estáveis após uma série de quedas. Apesar disso, o analista Fernando Iglesias apontou que houve novo aumento do volume ofertado. Em Cascavel (PR), a cotação ficou em R$ 95/97, e em Campinas (SP), em R$ 102/103 por saca.
Na B3, por outro lado, a série de recuos segue firme e até teve aumento de intensidade no encerramento da semana. O vencimento para julho passou de R$ 97,19 para R$ 94,96, o para setembro foi de R$ 95,91 para R$ 93,85, e o para março de 2022, de R$ 96,95 para R$ 94,63 por saca.
Soja: Chicago alcança quarto dia consecutivo de queda
As cotações dos contratos futuros da soja negociados em Chicago alcançaram o quarto dia consecutivo de queda em virtude da melhora das projeções de chuvas em regiões produtoras nos Estados Unidos. Nesse período, o recuo acumulado chegou a quase 4%. Na passagem de dia, o vencimento para julho caiu 0,46% e passou de US$ 15,332 para US$ 15,262 por bushel.
No Brasil, o indicador da soja do Cepea, calculado com base nos preços praticados no porto de Paranaguá (PR), teve um dia de preços mais baixos mesmo com a alta do dólar em relação ao real. A cotação variou -0,52% em relação ao dia anterior e passou de R$ 173,91 para R$ 173,01 por saca. Desse modo, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 12,42%.
Café: indicador do Cepea tem leve alta seguindo câmbio
O indicador do café arábica do Cepea teve um dia de leve alta dos preços e seguiu o movimento do câmbio. A cotação variou 0,28% em relação ao dia anterior e passou de R$ 823,23 para R$ 825,55 por saca. Dessa forma, no acumulado do ano, o indicador valorizou 36,07%. Em 12 meses, os preços alcançaram 43,52% de alta.
Em Nova York, por outro lado, os contratos futuros do café arábica tiveram um dia de preços mais baixos, mas ainda conseguiram se manter acima de US$ 1,50 por libra-peso. O vencimento para julho ensaiou novamente uma recuperação durante o pregão, mas fechou em baixa de 0,56%, cotado a US$ 1,501 por libra-peso.
No exterior: dados de atividade econômica são destaques da semana nos EUA
Ainda com a inflação global no radar, nesta semana, os investidores focam em dados de atividade econômica nos Estados Unidos. Os destaques serão a segunda leitura do PIB do primeiro trimestre e a confiança do consumidor de maio. Na sexta-feira, 28, os indicadores de renda e gastos pessoais de abril serão acompanhados da divulgação do PCE, um importante índice de inflação acompanhado pelo Banco Central dos EUA (Fed).
Na Zona do Euro, a agenda econômica está mais esvaziada e tem apenas indicadores de confiança dos consumidores e das empresas. Dessa forma, o mercado seguirá avaliando a recuperação econômica nos Estados Unidos e na Europa para projetar a capacidade dos Banco Centrais de manter as políticas de estímulos monetários.
No Brasil: dólar tem segunda alta semanal consecutiva
Após uma sequência de cinco baixas semanais, o dólar encerrou a segunda semana consecutiva em alta em relação ao real. A moeda norte-americana subiu 1,56% e passou de R$ 5,271 para R$ 5,353 entre a segunda e a terceira semana de maio. O avanço do dólar no exterior em virtude de apreensão dos investidores com a possibilidade de o Fed discutir a redução de estímulos monetários foi o principal fator a explicar o movimento do câmbio.
A agenda econômica desta semana tem como destaques pelo lado da inflação o IGP-M e o IPCA-15 de maio. Além disso, serão divulgadas as criações de vagas formais de emprego pelo Caged de abril. Por fim, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga a taxa de desemprego apurada pela PNAD Contínua mensal de março.