Boi

Boi gordo: oferta restrita e aumento de custos fazem preço disparar, diz Safras

Além disso, segundo analista de mercado, os frigoríficos encontram dificuldades na composição de suas escalas de abate e as exportações seguem aquecidas

arroba do boi gordo, carne bovina
Confira as cotações do boi gordo. Foto: Comex do Brasil/divulgação

O mercado físico do boi gordo volta a se deparar com consistente movimento de alta nos preços, de acordo com a consultoria Safras. “A oferta de animais terminados, prontos para o abate, permanece restrita. Enquanto isso, a elevação nos custos da nutrição animal é outro elemento sendo considerado neste momento, exigindo repasse por parte dos confinadores”, diz o analista Fernando Henrique Iglesias.

Segundo ele, os frigoríficos encontram dificuldades na composição de suas escalas de abate. “É importante destacar o ótimo desempenho dos embarques no decorrer de 2020, com os números parciais de agosto sinalizando para o melhor resultado do ano. Mais uma vez a China desempenha um papel singular, importando volumes substanciais de carne bovina brasileira”, afirma.

Na capital de São Paulo, os preços do boi gordo no mercado à vista passaram de R$ 231 para R$ 233/234 por arroba. Em Uberaba (MG), subiram de R$ 230 para R$ 232 por arroba. Em Dourados (MS), foram de R$ 223 para R$ 225 por arroba. Em Goiânia (GO), saíram de R$ 225 para R$ 226 por arroba. Já em Cuiabá (MT), elevaram-se de R$ 211 para R$ 213 por arroba.

Atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina permaneceram estáveis. Conforme Iglesias, a tendência de curto prazo remete a intensificação da alta dos preços no decorrer da primeira quinzena de setembro, com a entrada dos salários acelerando a reposição entre atacado e varejo.

Com isso, a ponta de agulha permaneceu em R$ 13 o quilo. O corte dianteiro seguiu em R$ 13,60 o quilo, e o corte traseiro continuou em R$ 15,60 o quilo.