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Boi gordo: com frigoríficos abastecidos para o fim do ano, cai volume de negócios

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

boi gordo
Foto: Governo do Maranhão

O volume de negócios do boi gordo caiu na maior parte das praças pecuárias, nesta quarta, dia 19, aponta o levantamento diário da Scot Consultoria. Muitos frigoríficos se posicionaram e estão com escalas agendadas até o fim do ano.

Os agentes consultados pela empresa informaram que a oferta de boiadas diminuiu, o que também contribui para um cenário de pouca oferta e pouca procura. A somatória destes fatores deixou o mercado parado no fechamento, com poucas alterações nas referências.

Para o curto prazo a tendência é de que o volume de negócios não cresça, conforme os feriados de Natal e passagem de ano se aproximam, diz a Scot. “Para quem tem boiadas para negociar nesta reta final, vale a pena ficar de olho nas escalas dos frigoríficos. Alguns estão com escalas mais apertadas pagando preços acima das referências”, indica.

No mercado atacadista de carne bovina com osso, os preços estão estáveis frente ao levantamento anterior. A carcaça de bovinos castrados está cotada em R$ 10,37 por quilo.

BOI GORDO NO MERCADO FÍSICO – ARROBA À VISTA

  • Araçatuba (SP): R$ 150,50
  • Triângulo Mineiro (MG): R$ 146
  • Goiânia (GO): R$ 138
  • Dourados (MS): R$ 140
  • Mato Grosso: R$ 131 a R$ 136
  • Marabá (PA): R$ 133
  • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,90 (kg)
  • Paraná (noroeste): R$ 151
  • Paragominas (PA): R$ 138
  • Tocantins (sul): R$ 136
  • Veja a cotação na sua região

Soja

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam a quarta-feira, dia 19, com preços mais baixos. Após duas sessões de altas e especulações sobre novas aquisições de oleaginosa americana pela China, o mercado corrigiu, justamente quando as compras foram confirmadas, mas em volume abaixo do esperado.

Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os exportadores privados americanos venderam 1,199 milhão de toneladas para a China. Na terça, os rumores indicavam que a operação deveria envolver 1,5 milhão de toneladas. Na semana passada, outras 1,4 milhão de toneladas foram transacionadas. Desde a reunião do G-20 em Buenos Aires, quando os dois países acertaram uma trégua na guerra comercial, 2,6 milhões de toneladas trocaram de mãos.

Um outro fator que merece atenção do mercado neste momento é o clima seco e de temperaturas elevadas no Brasil e na Argentina. As condições poderão comprometer a produtividade. Na quarta, a estimativa oficial do governo do Paraná reduziu a previsão de safra para 19,1 milhões de toneladas.

SOJA NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL

  • Janeiro/2019: US$ 9 (-7,75 cents)
  • Março/2019: US$ 9,13 (-7,75 cents)

Brasil

O mercado brasileiro teve mais um dia de escassos negócios. Os preços oscilaram entre estáveis a mais baixos. No Porto de Paranaguá, a saca caiu para níveis inferiores a R$ 80. A situação ruim para a comercialização piorou ainda mais com a combinação de queda do dólar com o recuo dos contratos futuros em Chicago.

SOJA NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Passo Fundo (RS): R$ 79
  • Cascavel (PR): R$ 73
  • Rondonópolis (MT): R$ 70
  • Dourados (MS): R$ 76
  • Santos (SP): R$ 81,50
  • Paranaguá (PR): R$ 79,50
  • Rio Grande (RS): R$ 81
  • São Francisco (SC): R$ 81,50
  • Confira mais cotações

Milho

A Bolsa de Chicago para o milho fechou com preços mais baixos. O mercado foi pressionado por um movimento de realização de lucros, levando em conta também a ausência de sinalização de compras por parte da China.

Havia uma expectativa de que essas negociações pudessem vir a concretizar no curto prazo, o que acabou não ocorrendo até agora, diferentemente da soja, que voltou a registrar aquisições chinesas nesta quarta-feira.

Além disso, a informação de uma menor produção de etanol à base de milho, que consome aproximadamente um terço da safra do grão dos Estados Unidos, gera temores quanto a uma redução da demanda pelo produto.

MILHO NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL

  • Março/2019: US$ 3,81 (-3,75 cents)
  • Maio/2019: US$ 3,89 (-3,75 cents)

Brasil

O mercado brasileiro registrou preços firmes nesta quarta-feira. Segundo o analista de Safras & Mercado Paulo Molinari, o mercado segue com muita atenção ao clima, que pode trazer perdas mais acentuadas para as lavouras.

MILHO NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Rio Grande do Sul: R$ 39
  • Paraná: R$ 34
  • Campinas (SP): R$ 49,50
  • Mato Grosso: R$ 22
  • Porto de Santos (SP): R$ 38
  • Porto de Paranaguá (PR): R$ 37
  • Porto de São Francisco (SC): R$ 37
  • Veja o preço do milho em outras regiões

Café

O mercado brasileiro teve uma quarta-feira arrastada na comercialização, muito calma. Os compradores não mexeram nas bases de preço, apesar da boa alta do arábica na Bolsa de Nova York e do robusta em Londres. A proximidade das festividades de final de ano torna ainda mais moroso o mercado, com as empresas saindo aos poucos de atividade. Assim, as cotações seguiram estáveis no país.

CAFÉ NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 410 a R$ 415
  • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 415 a R$ 420
  • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 335 a R$ 340
  • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 295 a R$ 300
  • Confira mais cotações

Nova York

O arábica fechou o dia com preços mais altos. O mercado teve uma sessão de recuperação técnica, depois das recentes perdas e de ter rompido para baixo a importante linha de US$ 1 a libra-peso.

A queda do dólar contra o real e outras moedas deu estímulo ao movimento na ponta compradora, com cobertura de posições vendidas, levando à reação.

Sinais de que o mercado está sobrevendido estimularam também os ganhos.

A forte subida e recuperação do petróleo foi outro fator que contaminou positivamente o café arábica em NY, apontaram traders.

CAFÉ ARÁBICA NA BOLSA DE NOVA YORK (ICE FUTURES US) – POR LIBRA-PESO

  • Março/2019: US¢ 100,85 (+1,45 cent)
  • Maio/2019: US¢ 104 (+1,35 cent)

Bolsa de Londres

O café robusta encerrou as operações com preços mais altos. Segundo traders, o mercado subiu pela terceira sessão seguida acompanhando a boa valorização e recuperação do arábica.

Os ganhos do petróleo e a queda do dólar contra o real e outras moedas estimulou também o movimento positivo em Londres.

CAFÉ ROBUSTA NA BOLSA DE LONDRES (LIFFE) – POR TONELADA

  • Janeiro/2019: US$ 1.477 (+US$ 19)
  • Março/2019: US$ 1.507 (+US$ 20)

Dólar

O dólar comercial fechou a negociação em baixa de 0,74%, cotado a R$ 3,8710 para a compra e a R$ 3,8730 para a venda. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,8660 e a máxima de R$ 3,9050.


Previsão do tempo para quinta-feira, dia 20

Sul

Chuva ainda não dá trégua para a região. A combinação de duas regiões de baixa pressão, uma localizada no Paraguai e outra no sul do Rio Grande do Sul alimentam a formação de nuvens carregadas em toda a região.

O dia começa com chuva no oeste e sul gaúcho. Nas demais áreas, o sol aparece em períodos de melhoria entre a tarde e a noite. Com isso as temperaturas se mantêm altas durante a tarde.

A combinação de calor e umidade favorecem as pancadas de chuva a partir da tarde, com risco para rajadas de vento de 70 km/h no Rio Grande do Sul e Santa Catarina e queda de granizo. No sul do Rio Grande do Sul, as temperaturas diminuem gradualmente e seguem amenas.

Sudeste

Dia de instabilidades ganhando força em todo o estado de São Paulo e sul de Minas Gerais, por influência de uma região de baixa pressão na costa paulista. Há risco de pancadas fortes no início e no final do dia. Não se descarta a possibilidade de queda de granizo.

Nas demais áreas de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, as pancadas acontecem preferencialmente a partir da tarde e com baixo volume.

O tempo firme predomina no norte de Minas Gerais, pela influência da massa de ar seco. As temperaturas seguem elevadas em toda a região, porém sem aumento expressivo.

Centro-Oeste

Quinta-feira de instabilidades se espalhando pelo Centro-Oeste. Uma região de baixa pressão e os ventos em altos níveis da atmosfera garantem a formação de nuvens carregadas nos três estados.

São esperadas pancadas de chuva de fraca intensidade entre Mato Grosso do Sul e Goiás, enquanto em Mato Grosso a chuva é mais forte e com trovoadas. As temperaturas seguem elevadas nos três estados.

Nordeste

Uma massa de ar seco avança pelo interior nordestino. Assim o sol predomina desde a Bahia até o sul do Maranhão e Piauí. No entanto, em todo a faixa norte da região, o tempo segue instável, e as pancadas mais fortes são esperadas no norte do Maranhão, Piauí e Ceará.

O calor predomina em todo o Nordeste, com máximas que ultrapassam os 30°C.

Norte

Dia de chuva abrangente em toda a região, e as pancadas são mais fortes entre Acre e Amapá. Nas demais áreas, o tempo abafado e quente favorece as pancadas somente no final do dia, com intensidade moderada.