O mercado físico do boi gordo teve preços de estáveis a mais baixos nesta quarta-feira. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a demanda de carne bovina segue abaixo do normal, em um cenário preocupante para o pecuarista.
Com o isolamento social e o fechamento de restaurantes, hotéis e outros estabelecimentos, os padrões de consumo mudaram drasticamente, com reflexo mais incisivo sobre a demanda dos cortes mais nobres. “Ao mesmo tempo, os frigoríficos atuam de maneira discreta na compra de gado, mantendo as escalas de abate apertadas, posicionadas entre dois e três dias úteis. Importante destacar que os pecuaristas ainda se deparam com alguma capacidade de retenção. No entanto, isso mudará com o avanço do outono. O clima mais frio e seco acelera o desgaste das pastagens, aumentando a necessidade de comercializar”, disse.
Em São Paulo, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 196 a arroba, estáveis. Em Uberaba, Minas Gerais, os preços permaneceram em R$ 188 a arroba. Em Dourados, Mato Grosso do Sul, os preços ficaram em R$ 182 – R$ 183 a arroba, contra R$ 184 a arroba ontem. Em Goiânia, Goiás, o preço indicado foi de R$ 185 a arroba, estável. Já em Cuiabá, Mato Grosso, o preço caiu de R$ 172 a arroba para R$ 171 a arroba.
Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram estáveis. “A demanda está completamente distorcida em meio à quarentena. Os cortes nobres permanecem escanteados, enquanto há predileção do consumidor médio por cortes congelados e embutidos, além da carne de frango. Muitos frigoríficos seguem apontando para lento escoamento da carne.”, disse Iglesias.
Assim, o corte traseiro teve preço de R$ 13,50 o quilo. A ponta de agulha ficou em R$ 10,70 o quilo. Já o corte dianteiro permaneceu em R$ 11,35 o quilo.