O mercado físico do boi gordo registrou preços de estáveis a mais altos nesta quinta-feira, 4. Segundo o analista Fernando Henrique Iglesias, da consultoria Safras, a tendência de curto prazo é de que os preços continuem firmes, sem espaço para correções agressivas para baixo, em um movimento atípico tratando-se de um fim de safra, quando geralmente a oferta é maior.
“O fato é que os níveis de oferta estão aquém do normal, ao mesmo tempo em que a um maior otimismo quanto à demanda de carne bovina com o relaxamento das medidas de isolamento social em alguns estados, mesmo sabendo-se que os patamares de consumo não voltarão àqueles de antes da pandemia. A expectativa é grande principalmente em relação ao estado de São Paulo, maior centro consumidor de carne bovina do país”, diz.
Enquanto isso, as exportações de carne bovina à China continuam ocorrendo em grande volume, com o gigante asiático procurando preencher a lacuna de oferta no mercado de proteína animal provocado pelo surto de peste suína africana.
Na capital de São Paulo, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 197 a arroba, estáveis. Em Uberaba (MG), passaram de R$ 193 para R$ 193/R$ 194 a arroba. Em Dourados (MS), foram de R$ 182 para R$ 183/R$ 184 a arroba. Em Goiânia (GO), o preço indicado passou de R$ 189 para R$ 190. Já em Cuiabá (MT), permaneceu em R$ 173.
Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem estáveis. Conforme Iglesias, há boa expectativa levando-se em conta um esperado crescimento da demanda na primeira quinzena do mês.
A ponta de agulha ficou em R$ 11,20 o quilo, estável. Já o corte dianteiro permaneceu em R$ 11,75 por quilo, e o corte traseiro seguiu em R$ 13,30 o quilo.